Francisco celebra hoje seu onomástico, São Jorge; “posso dizer que é um ‘São Jorge moderno’”, diz membro do cerimonial pontifício sobre o Papa
Da Redação, com Rádio Vaticano
A Igreja celebra nesta quinta-feira, 23, o dia de São Jorge. No Vaticano, o Papa Francisco celebra, portanto, seu onomástico, já que seu nome de batismo é Jorge. O onomástico é um dia no qual a pessoa que traz o mesmo nome do santo que a Igreja comemora recebe felicitações pela data.
Pode-se dizer que o Papa é um “São Jorge moderno”, no sentido que é um grande lutador contra as forças do mal e o faz com um espírito realmente cristão. Quem diz isso é o sacerdote argentino Guillermo Karcher, membro do cerimonial pontifício e um dos colaboradores mais estreitos do Papa, que o conhece há mais de vinte anos.
“Nele vejo Cristo que semeia o bem, para combater o mal. Nisso ele é um exemplo, pois o fazia já em Buenos Aires e continua fazendo agora com aquela simplicidade que o caracteriza, que é tão forte, tão importante neste momento do mundo em que é necessária a presença do bem”.
Na Argentina, como cardeal, Francisco se apresentava como padre, como padre Jorge. Segundo padre Guillermo, é comovente ver tantos argentinos na catequese de quarta-feira, na Praça São Pedro, chamando o Papa de padre, pois se nota a familiaridade, a amizade que ele semeou durante anos em Buenos Aires.
O sacerdote comenta ainda a forte intensidade espiritual de Francisco, que ele define como um homem de oração, um homem de Deus. “Ele é uma pessoa que gosta de cumprimentar todos os seminaristas, os ministrantes, e o faz, como o vemos na Praça São Pedro, com muito afeto. Depois que veste os paramentos litúrgicos, ele muda: vemos ele entrar na basílica ou se dirigir ao altar na praça como um homem de oração, homem concentrado no que está para celebrar, o mistério eucarístico. O mesmo acontece quando sai da nave central da basílica, quando todos chamam por ele: Francisco! Viva! Queremos bem a você! Ele, porém, vai em direção à sacristia. Isso é um exemplo também para o sacerdote, no sentido que nós estamos com o povo, mas quando devemos estar com Deus, estamos com Deus.”