Festejam-se, este ano, os 476 anos das aparições da Virgem de Guadalupe, com um recorde do número de peregrinos que visitam o santuário mariano mais famoso da América.
No local, em 1531, a imagem de Nossa Senhora, conhecida como a "Morenita", apareceu ao indígena São Juan Diego, canonizado por João Paulo II em julho de 2002. O santuário conserva a relíquia ligada à penúltima aparição da Virgem: um manto onde está impressa, indelevelmente, a imagem de Nossa Senhora.
Estima-se que, todos os anos, pelo menos 18 milhões de peregrinos visitam o santuário. Segundo autoridades locais, este ano haverá um recorde de visitantes, mais de sete milhões em apenas quatro dias.
Por ocasião dos 476 anos das aparições marianas de Guadalupe, o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Cardeal Claudio Maria Celli, enviou uma mensagem aos comunicadores de toda a América, que ele define, repetindo palavras de Paulo VI, em 1968, como "continente da esperança".
"Como comunicadores, devemos promover o encontro pessoal com Jesus e uma experiência de profunda amizade com Ele. Esse é o primeiro passo. Em nosso campo específico de ação, podemos favorecer o encontro de ouvintes, leitores, telespectadores, usuários da mídia em geral, com Jesus, e nosso esforço será certamente recompensado", ressalta o cardeal em sua mensagem.
O Cardeal Celli pede que sejamos dóceis como o foi Nossa Senhora de Guadalupe, definida por João Paulo II como "modelo de evangelização perfeitamente inculturada". "Ela se adapta à mentalidade de seu interlocutor, à sua cultura e a seu ritmo. Sua mensagem não é feita apenas de palavras, mas é gesto, forma, imagem, linguagem, idioma", diz o cardeal.
"É uma comunicação amorosa, que aceita o mundo do próximo e exerce um efeito dinamizador, que muda para sempre seu interlocutor. Juan Diego se vê reconhecido em sua profunda dignidade de ser humano, e mais ainda, é promovido a outra tarefa: ser enviado em missão e portador de uma mensagem que o supera", acrescenta.
O presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais conclui sua mensagem, pedindo que o Senhor nos ilumine neste feliz tempo litúrgico, e que compartilhemos com nossas famílias e com as pessoas mais carentes, todos os bens que recebemos.
