Os santos não são pessoas do passado, mas sim o presente e o futuro da Igreja e da sociedade. Estas foram algumas das palavras do Papa Bento XVI, ao receber, neste sábado, 19, no Vaticano, os membros e colaboradores da Congregação para a Causa dos Santos que comemoram os 40 anos de criação da instituição.
O Pontífice, em seu discurso, recordou o Papa Paulo VI que conferiu a forma atual do dicastério, mais orgânica e moderna, para concretizar o discernimento
que a Igreja, desde as origens, pôs em ato para reconhecer a santidade de seus fiéis. Um “serviço à edificação do povo de Deus, “significativo contributo para
a obra da evangelização”.
“Quando a Igreja venera um Santo, anuncia a eficácia do Evangelho e descobre com alegria que a presença de Cristo no mundo, reconhecida e adorada na fé, é capaz de transfigurar a vida do homem, produzindo frutos de salvação para toda a humanidade”, afirmou Bento XVI.
O Papa observou ainda que “cada beatificação e canonização é, para os cristãos, um forte encorajamento a viver com intensidade e entusiasmo o seguimento de
Cristo, caminhando para a plenitude da existência cristã e para a perfeição da caridade”.
“Os Santos – sinal daquela radical novidade que o Filho de Deus, com a sua encarnação, morte e ressurreição, inseriu na natureza humana, e insígnes testemunhas da fé – não são representantes do passado, mas constituem o presente e o futuro da Igreja e da sociedade”.
Bento XVI prosseguiu fazendo alusão à sua última Encíclica Caritas in veritate: “Eles [os santos] realizaram em plenitude aquela caritas in veritate que é o
sumo valor da vida cristã, e são como as faces de um prisma, sobre as quais, com variadas diferenciações, se reflete a única luz que é Cristo”.
O Papa também ressaltou que a vida de cada santo, de qualquer parte da terra, apresenta sempre duas significativas constantes. Por um lado, o fato da sua
relação com Deus nunca ser repetitiva, mas exprimindo-se em “modalidades autênticas, vivas e originais, brotando de um diálogo intenso e envolvente com o
Senhor, que valoriza e enriquece mesmo as formas externas”. Além disso, na vida dos santos, existe “a contínua busca da perfeição evangélica, a recusa da
mediocridade e a tensão em direção à total pertença a Cristo”.
Por fim, o Papa falou sobre a oportunidade espiritual e pastoral que constitui o longo processo que do reconhecimento da heroicidade das virtudes ou do martírio
que conduz, depois, à beatificação e finalmente, quando é o caso, à canonização.
“No itinerário para o reconhecimento da santidade, emerge uma riqueza espiritual e pastoral que abrange toda a comunidade cristã. A santidade, isto é, a
transfiguração das pessoas e das realidades humanas à imagem de Cristo ressuscitado, representa o objetivo último do plano de salvação divina, como
recorda o apóstolo Paulo: ‘Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação’”, finaliza.
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