A previsão é que 2 milhões de pessoas se desloquem ao local até o dia 24 de junho; O Santo Sudário está exposto na Catedral de Turim, Itália
Da redação, com Agência Ecclesia
O Santo Sudário está exposto na Catedral de Turim, Itália, a partir desta segunda-feira, 20, cinco anos depois da última ostensão pública, prevendo-se que 2 milhões de pessoas se desloquem ao local até 24 de junho.
O Papa Francisco visitará a exposição na cidade italiana dia 21 de junho. O Santo Padre visa assinalar o segundo centenário do nascimento de São João Bosco, fundador dos Salesianos.
“Hoje começa em Turim a solene ostensão do sagrado Sudário. Também eu, se Deus quiser, irei me deslocar para o venerar no próximo dia 21 de junho. Desejo que este ato de veneração nos ajude a encontrar em Jesus Cristo o rosto misericordioso de Deus e a reconhecê-lo nos rostos dos nossos irmãos, especialmente os que mais sofrem”, disse Francisco, ao meio-dia deste domingo, 19, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a oração do ‘Regina Caeli’.
Em março de 2013, o Papa gravou uma mensagem para a segunda exposição televisiva do Sudário, na qual sublinhou o alcance dos olhos do ressuscitado e fez lembrar todos os que sofrem.
“O Rosto do Sudário comunica uma grande paz; este Corpo torturado exprime uma soberana majestade. É como se deixasse transparecer uma energia refreada mas poderosa, é como se nos dissesse: tem confiança, não percas a esperança; a força do amor de Deus, a força do Ressuscitado tudo vence”, referiu.
Mais de 2 milhões de peregrinos provenientes de todo o mundo estiveram diante do Sudário em 2010, ano em que esteve exposto ao público e recebeu a visita de Bento XVI.
As visitas são gratuitas, mas exigem uma reserva prévia, o que já foi feito por mais de um milhão de pessoas, segundo a organização.
O pano de linho com quatro metros e 36 centímetros de comprimento por um metro e 10 centímetros de largura foi submetido, em 1989, ao teste do carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido, cujos resultados datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390.
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Vários especialistas criticaram os testes, frisando que os três pedaços do tecido que foram cortados, naquela ocasião, para servir de amostra para o teste, eram das pontas, ou seja, a parte pela qual o manto foi suspenso nas várias ocasiões em que foi apresentado aos fiéis ao longo dos séculos.
Em 2011, a agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA) anunciou as conclusões de um trabalho de cinco anos sobre a formação da imagem que se vê no Sudário, tentando a sua reprodução.
“A imagem dupla (frente e verso) de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no pano de linho do , teSudário de Turimm muitas características físicas e químicas (…) é impossível de obter em laboratório “, afirmaram os especialistas da ENEA.
O Centro Português de Sindonologia, associação cultural sem fins lucrativos dedicada ao estudo e divulgação do Santo Sudário de Turim, refere em comunicado que “a imagem tem atributos ímpares, tais como comportar-se como um negativo fotográfico e possuir codificação ‘3D’ só extraível por métodos de processamento informático de imagem existentes em finais do século XX”.