O Papa Bento XVI nesta quarta-feira, 20, durante a Catequese, lançou o convite de redescobrir os escritos de Santo Agostinho, em particular o "De Civitate Dei", obra que ajuda a compreender o debate político moderno.
O Santo Padre deteve-se sobre as obras do Santo, sublinhando, entre outras coisas, a 'De Civitate Dei', obra "mais importante e decisiva para o desenvolvimento do pensamento político ocidental e para a teologia cristã da história é a obra , escrita entre os anos 423 e 426 em 22 livros".
Bento XVI responde com Santo Agostinho à objeção que tocava profundamente os corações dos cristãos daquela época, "O Deus dos cristãos não protege": "Há diferença entre o que esperamos da esfera politica, da esfera da fé e da Igreja".
Segundo o Papa "também hoje este livro é a fonte para definir bem a verdadeira laicidade e a competência da Igreja, a grande e autêntica esperança que a fé nos dá.
"O livro – explicou ainda o Papa – é uma apresentação da história da humanidade governada pela Providência Divina, mas dividida por dois amores. E e este é o seu desígnio fundamental, a sua interpretação da história que é a luta de dois amores: amor de si mesmo até a indiferença por Deus, e amor de Deus até à indiferença por si, à plena liberdade de dar-se aos outros na luz de Deus".
E nesta Audiência Geral, não faltou a saudação em português:
"Saúdo os visitantes de língua portuguesa, especialmente os brasileiros de Porto Alegre. Faço votos por que vossa recente peregrinação à Terra Santa sirva de auspício para invocar do Altíssimo abundantes graças que vos façam prosseguir, seguros e concordes, na caminhada penitencial rumo à Páscoa eterna. Que Deus Nosso Senhor abençoe vossas famílias e comunidades."