A Santa Sé aderiu ao “Protocolo sobre explosivos restantes da guerra” (ERW), anexado à Convenção sobre a proibição ou restrição do uso de certas armas convencionais que possam ser classificadas como causadoras de ferimentos excessivos ou que tenham efeitos indiscriminados (CCW).
Este é, assim, o primeiro instrumento jurídico internacional em nível multilateral ao qual a Santa Sé adere durante o pontificado do Papa Bento XVI.
Numa declaração do Núncio Apostólico na ONU, Dom Celestino Migliore, a Santa Sé justifica esta decisão com a vontade de “renovar o seu encorajamento à comunidade internacional para continuar no caminho que tomou rumo à redução do sofrimento humano causado pelo conflito armado”.
Com a aprovação do quinto protocolo da CCW, a Santa Sé pensa ver confirmado um “instrumento vivo de longo alcance” que considera essencial no direito humanitário internacional,.
“A adoção deste instrumento representa um importante instrumento multilateral para o controlo das armas por razões humanitárias, capaz de chamar os Estados à responsabilidade pelos explosivos restantes da guerra e os danos que podem causar”, referiu o observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas.
Para a Igreja Católica, é fundamental que a comunidade internacional promova “uma cultura de vida e paz, baseada na dignidade da pessoa humana e no primado do direito da lei, através de uma cooperação responsável, honesta e consistente entre todos os membros da comunidade das nações”.