O arcebispo Silvano M. Tomasi, CS, observador permanente da Santa Sé ante a Sala das Nações Unidas, apresentou a proposta ao Grupo de especialistas governamentais dos Estados que fazem parte da Convenção sobre a proibição ou limitação do uso de certas armas clássicas que podem produzir efeitos traumáticos excessivos ou que atacam sem discriminação:
" É compreensível, se não se pode encontrar uma solução imediata, que se pense em um período de transição para alcançar o objetivo de uma proibição total", reconheceu.
"De qualquer forma", acrescentou, "neste período de transição, deverão aplicar-se regras sobre a proibição total de algumas armas que têm particulares efeitos indiscriminados e só em caso de defesa para a proteção exclusiva do território nacional.
O prelado explicou que esta proposta não se baseia em aspectos econômicos ou militares, mas unicamente no reconhecimento do valor fundamental da dignidade humana, que deve constituir o aspecto fundamental de todos os esforços e de todo o processo que o direito humanitário internacional busca reforçar.
As bombas de fragmentação (cluster munitions, em inglês) são um tipo de arma que mata grande quantidade de civis, com efeitos freqüentemente indiscriminados. Elas se encontram armazenadas em grandes quantidades em mais de 70 países.