ONU

Santa Sé pede desarmamento nuclear pacífico

O Núncio Apostólico Celestino Migliore, Observador Permanente da Santa Sé ante a ONU, assinalou esta semana durante o debate em torno do desarmamento e a agenda de segurança mundial, que deter a proliferação nuclear é urgente, mas deve obter-se mediante acordos pacíficos e não uma ação militar.

No marco das crescentes tensões produzidas entre as potências ocidentais e o governo islâmico do Irã a raiz do desenvolvimento da capacidade nuclear deste último, Dom Migliore assinalou que a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) "tem um papel cada vez mais importante". "A Santa Sé, como membro fundador da Agência, segue apoiando plenamente seus objetivos, convencida de que esta joga um papel fundamental em promover a não proliferação de armas nucleares".

O Prelado destacou que "especialmente neste tenso momento de relações internacionais, o mundo precisa depositar sua confiança nas investigações da IAEA". "Todas as ferramentas da diplomacia devem ser usadas para desativar as crises concernentes às tentativas de alguns países de adquirir a capacidade de armas nucleares", adicionou.

"A beligerância por parte de qualquer apenas pioraria a delicada situação e poderia inadvertidamente levar a uma conflagração com um enorme sofrimento adicional a uma humanidade já sobrecarregada dos desastres da guerra", advertiu Dom Migliore.

O Prelado reconheceu, entretanto, que "por outro lado, o fracasso constante em levar a uma conclusão satisfatória as negociações condutoras a uma progressiva eliminação das armas nucleares e dos planos para modernizar os atuais arsenais nucleares põe em perigo a viabilidade do Tratado de não proliferação".

"Em um momento tão delicado como este, apelamos a todas as partes a mostrar a boa fé que o Tratado de não proliferação requer para o avanço das negociações".

O Observador Permanente ante a ONU concluiu assinalando que "a Santa Sé tem a esperança de despertar nos corações de todas as pessoas de boas intenções uma renovada determinação para assegurar que nunca mais os horrores da guerra nuclear sejam vistos pela humanidade".

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