"O abuso sexual de menores é sempre um crime hediondo". A essa condenação inequívoca da violência sexual contra crianças e jovens, o Santo Padre Papa Bento XVI acrescentou a dimensão religiosa, apontando que também é um "pecado grave" que ofende a Deus e a dignidade humana. A integridade física e psicológica da criança é violada com consequências destrutivas. Estudos têm mostrado que crianças abusadas reagem de maneiras diferentes à violência sexual e têm uma maior probabilidade de gravidez na adolescência, falta de moradia, risco de dependência de drogas e álcool. Em uma palavra, o mal cometido contra esses pequeninos frequentemente os estigmatiza para o resto da vida.
Como vocês sabem, nos últimos anos, o clero católico, religiosos e trabalhadores leigos em vários países foram acusados, e vários foram condenados, por abuso infantil. Não há desculpas para esse comportamento, que é uma grave traição da confiança. Em alguns casos, pesadas multas tiveram que ser pagas, enquanto em outros os culpados foram condenados a penas de reclusão. A proteção contra a agressão sexual permanece no topo da agenda de todas as instituições eclesiásticas, enquanto lutam para terminar com esse grave problema. Da mesma forma, medidas concretas que assegurem transparência e assistência às vítimas e suas famílias são um modo de aliviar a dor, a tristeza e a perplexidade causadas pelo abuso que aconteceu.
A comunidade católica continua com seus esforços para lidar decisivamente com esse problema. Assim, aqueles que foram considerados culpados destes crimes são imediatamente suspensos do exercício de seu cargo e são tratados de acordo com as normas dos direitos civil e canônico. Outras medidas legais têm sido tomadas para garantir que as crianças e jovens atendidos em escolas e instituições estejam seguros. Muitas das medidas tomadas, legais ou administrativas, lidam com as esferas do reconhecimento e punição de abusos. A prevenção é o melhor remédio, e isso começa com educação e promoção de uma cultura de respeito dos direitos humanos e da dignidade humana de cada criança e, especialmente, através da implementação de eficiente métodos de recrutamento de pessoal para as escolas.
Poderia este painel servir como intercâmbio de melhores práticas que possam ajudar as crianças a reconhecer e relatar o comportamento impróprio de educadores e cuidadores?
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