Pelo menos 21 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em dois ataques terroristas anticristãos na Nigéria e no Quênia, nesse domingo, 29. A comunidade internacional condenou os ataques. O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, expressou sua preocupação diante do que definiu "uma intolerância crescente".
Um dos ataques foi na Universidade de Kano, no norte nigeriano, numa celebração com numerosos estudantes e o outro ataque aconteceu em uma igreja da capital queniana, Nairóbi.
Três terroristas em motocicletas lançaram bombas de fabricação caseira e, posteriormente, dispararam contra fiéis cristãos em fuga junto a um anfiteatro ao ar livre em Kano, matando pelo menos 20 pessoas. A autoria não foi reivindicada. Contudo, as suspeitas apontam o grupo islamita Boko Haram, responsável por vários atentados no norte do país.
No ataque de Nairóbi, uma granada foi lançada para a multidão pouco depois do início de uma celebração da Igreja Internacional da Casa do Deus dos Milagres. Ninguém reclamou a autoria do ataque, mas a polícia atribuiu atentados semelhantes ao al-Shebab, milícia islamita somali com ligações à al-Qaeda. Este ataque ocorreu dias depois de a embaixada dos Estados Unidos alertar para o risco iminente de atentados na capital queniana.
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, definiu os ataques como "fatos horríveis e execráveis, que devem ser condenados com a máxima decisão".
"É preciso estar próximos das vítimas e das comunidades que sofrem com esta odiosa violência, que se abate sobre eles justamente enquanto celebram pacificamente uma fé que anuncia amor e paz para todos. É preciso continuar a encorajar toda a população, para além das diferenças religiosas, a não ceder à tentação de cair no círculo sem saída do ódio homicida", enfatizou padre Lombardi.