Em encontro com Patriarca Sírio-Ortodoxo, Papa reforçou que o sangue dos mártires é um fator de unidade na Igreja; para ele, o que une é maior que o que divide
Jéssica Marçal
Da Redação
O Papa Francisco encontrou-se nesta sexta-feira, 19, com o Patriarca Sírio-Ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente, Sua Santidade Mor Ignatius Aphrem II. A ocasião foi mais uma oportunidade para Francisco reiterar a fraternidade entre ambas as Igrejas e destacar a união estabelecida pelo sangue dos mártires.
Francisco reconheceu que a Igreja Síria Ortodoxa de Antioquia é uma Igreja de mártires, já que continua a sofrer, junto a outras comunidades cristãs e outras minorias, as consequências da guerra, da violência e das perseguições. “Quanta dor! Quantas vítimas inocentes! Diante de tudo isso, parece que os poderosos deste mundo são incapazes de encontrar soluções”.
O Santo Padre recordou, por exemplo, dois religiosos dessa Igreja que foram sequestrados há mais de dois anos: o Metropolita Mor Gregorios Ibrahim e o Metropolita da Igreja Greco-Ortodoxa Paul Yazigi.
“Peçamos também ao Senhor a graça de estarmos sempre prontos ao perdão e sermos operadores de reconciliação e de paz. Isso é o que anima o testemunho dos mártires. O sangue dos mártires é semente de unidade da Igreja e instrumento de edificação do reino de Deus, que é reino de paz e de justiça”.
Nos momentos de provação e de dor, segundo o Papa, é preciso reforçar ainda mais os laços de amizade e de fraternidade entre a Igreja católica e a Igreja Sírio-Ortodoxa. “Vamos trocar os tesouros das nossas tradições como dons espirituais, porque aquilo que nos une é bem superior àquilo que nos divide”.