Marcelo Sánchez Sorondo comentou a decisão de Donald Trump e afirmou que o presidente americano é influenciado por grupos petroleiros
Da redação, com Ansa
“Um desastre para a humanidade e para o planeta”, é assim que o chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, Marcelo Sánchez Sorondo, definiu a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deixar o Acordo de Paris da última quinta-feira, 1º.
Segundo o católico em entrevista à emissora “Blue Radio”, a retirada dos EUA do principal tratado sobre o clima em nível mundial” é ir contra o que o Papa disse, que se baseia na [encíclica sobre o meio-ambiente] ‘Laudato Si’ sobre o consenso científico, e por isso, [também ir] contra a ciência”. De acordo com Sorondo, a “terrível decisão” de Trump pode servir como um péssimo exemplo para os outros países. Para o monsenhor, aliás, “o que move o presidente norte-americano são os grupos petroleiros que o apoiaram na campanha eleitoral e que têm influência sobre ele”. Segundo o chanceler, estes grupos são os mesmos que “já acusavam o Papa deste tema e que não estão interessados no clima”.
“Aqui há uma reação que não é racional, no sentido de que não é científica e que foi feita apenas pelo interesse econômico”, afirmou Sorondo. Já a posição europeia agradou o Vaticano e certamente Francisco.
O bloco permaneceu firme da defesa do Acordo de Paris. “A Europa deve preencher o vazio que os Estados Unidos está deixando e ser um líder nesta situação. É a hora da Europa, apoiada pela China [e pelos outros países da] Ásia”, concluiu o monsenhor.