EUA

Sacerdotes são presos por tentarem denunciar crimes de tortura

EUA: DOIS SACERDOTES PRESOS POR TENTAREM DENUNCIAR MÉTODOS DE TORTURA 

O professor de Direitos Humanos na "Loyola University", de Nova Orleans, EUA, Bill Quigley, está divulgando a prisão irregular de dois sacerdotes que tentaram denunciar o ensinamento de métodos de tortura no país. Segundo Quigley, o franciscano Louis Vitale, de 75 anos, e o jesuíta Steve Kelly, de 58, foram presos, por terem escrito uma carta à comandante do Fort Huachuca, no estado do Arizona, Barbara Fast.

Os sacerdotes afirmam, em sua carta, que em Fort Huachuca, onde funciona um centro do serviço secreto norte-americano, estariam sendo ensinadas técnicas de tortura para forçar prisioneiros a falarem. A tentativa de denúncia dos dois sacerdotes, no entanto, não foi bem recebida, e eles foram condenados a cinco meses de reclusão, num cárcere federal.

Oficialmente, Vitale e Kelly foram condenados por violação de propriedade e resistência às ordens de um oficial. Mas segundo o professor Quigley, a justificativa oficial não é verdadeira. O docente também acusa a comandante do centro de treinamento, Barbara Fast, de ter sido, no passado, a responsável por todas as operações de inteligência no Iraque, quando foram torturados os prisioneiros de Abu Ghraib.

Ainda de acordo com Quigley, os manuais de tortura desse centro norte-americano teriam a mesma origem dos manuais distribuídos a diplomatas latino-americanos na "Escola das Américas", do exército, em Fort Benning, no estado da Geórgia. Essa escola é famosa por ser freqüentada por ditadores e militares da América Latina

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