Um sacerdote da Igreja clandestina da Diocese de Mindong (Fujian), na China, foi preso na última sexta-feira, 19. Padre Liu Maochun, 36 anos, foi detido pelas forças de segurança um dia depois da libertação de outro sacerdote, Padre Giovanni Battista Luo Wen, colocado em liberdade após 15 dias de prisão. A detenção de Padre Liu ocorreu nos mesmos dias em que acontece o encontro plenário da Comissão Vaticana sobre a Igreja na China.
Padre Liu e Padre Luo fazem parte de um grupo de sete sacerdotes não reconhecidos pelo Governo, que entre o fim de janeiro e início de fevereiro realizaram dois encontros para 300 jovens universitários da diocese. Tal atividade, segundo o regulamento do Ministério dos Serviços Religiosos é ilegal porque foi realizada fora do controle do Governo e da Associação Patriótica.
Durante a realização do encontro, na Igreja de Saiqi, as forças de segurança ameaçaram os sacerdotes e os jovens e ordenaram o cancelamento da manifestação. Os sacerdotes, ao invés, continuaram até o fim, encorajando os jovens a fazer o mesmo. Um mês depois, Padre Luo foi preso. Em precedência tinha declarado à agência AsiaNews que ele estava “pronto para ir para a cadeia”, não tinha “nada a temer” e que era muito “orgulhoso de ser um sacerdote católico, desejoso de professar a sua fé também com as ações”.
Outros dois sacerdotes, Padre Guo Xijin e Padre Miu Yong receberam aviso de prisão, e acreditam que serão detidos proximamente. A todos os sacerdotes foi infligida um multa de 500 yuan (cerca de 50 euros).
A Igreja clandestina na China é perseguida porque rejeita a adesão à Associação Patriótica, organismo do Partido Comunista que controla as atividades da Igreja e deseja constituir uma Igreja independente do Vaticano.
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