Ataque na Ucrânia desencadeou uma série de condenações e reações internacionais
Da Redação, com informações de Vatican News e Reuters
Durante a madruga (pelo horário de Brasília) desta quinta-feira, 24, a Rússia lançou operações militares na Ucrânia. A operação foi anunciada pelo presidente russo, Wladimir Putin, que em seu discurso usou termos como “desnazificar” e “desmilitarizar” a Ucrânia.
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A ação do presidente é uma resposta ao apelo dos líderes das duas autoproclamadas repúblicas na região de Donbass. Na segunda-feira, 21, Putin assinou dois decretos reconhecendo “a República Popular de Lugansk” e “a República Popular de Donetsk” como estados independentes e soberanos.
Para o presidente russo, a expansão da OTAN e seu uso do território ucraniano são inaceitáveis. E afirmou: “Qualquer um que tente criar obstáculos e interferir sabe que a Rússia responderá com consequências sem precedentes”.
O amanhecer na Ucrânia foi com explosões e sirenes de alarmes também na capital Kiev. O presidente ucraniano, Volodymyr Zenlensky, pediu calma e informou que o país está adotando a lei marcial. “Detenham a guerra e Putin”, escreveu Zelensky em seu Twitter. O presidente também afirmou que os militares ucranianos estão respondendo aos ataques.
Algumas pessoas se refugiaram em túneis do metrô enquanto outras estavam saindo da cidade. Outras foram vistas em filas para suprimentos de emergência em supermercados e em caixas eletrônicos.
Repercussão internacional
Após a ação militar da Rússia, reações de condenação de várias partes do mundo.
Os Estados Unidos falam de uma guerra premeditada e injustificada e o presidente Joe Biden anunciou novas sanções contra Moscou junto com os aliados.
A OTAN disse que faria o que fosse preciso para proteger seus aliados. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que este é o momento mais triste de seu mandato. “Este conflito deve parar agora, esta guerra não faz sentido e viola os princípios da Carta da ONU”, declarou Guterres.
A Europa está ao lado de Kiev: os representantes permanentes dos Estados membros se reunirão nesta manhã em Bruxelas para discutir a situação da segurança. França, Alemanha, Reino Unido e Itália condenaram o ataque.
Relato de um padre na cidade ucraniana de Lviv
Em meio ao início do conflito, a população espera e tenta se proteger. O padre Radko Vaolodymyr, da cidade de Lviv, disse que se ouviram notícias de bombardeiros em vários vilarejos e até grandes cidades, conforme relata o Portal Vatican News.
“Nosso Patriarca chamou todos nós nesta manhã para nos convidar para a oração. Ainda estou na cidade de Lviv, a cerca de 60 quilômetros da fronteira com a Polônia. Posso testemunhar que durante alguns minutos as sirenes foram ouvidas. Não vamos ceder ao pânico. A ativação das sirenes significa que temos que ser cautelosos e nos esconder. À meia-noite, hora ucraniana, começou o estado de emergência, e esta manhã o presidente declarou o estado militar, portanto, a guerra aberta começou. Precisamos da oração para nos ajudar a não ceder ao pânico e para manter a calma, na esperança de que possamos vencer este mal.”