Brasil

Robinho exalta bom momento, mas terá companheiros à altura?

Robinho, até agora, destoou dos outros jogadores de ataque da seleção brasileira na Copa do Mundo. O atacante considera que está vivendo um "momento muito bom", e seus dribles em campo guardam o gosto de um futebol alegre que a torcida há tempos cobra do time.

Com movimentação, pedaladas, finalizações e uma assistência para o gol de Elano, o jogador batalhou praticamente sozinho contra a defesa da Coreia da Norte, na estreia do Brasil no Mundial, em grande parte porque não teve com quem jogar.

Único titular da seleção que atua no futebol brasileiro –portanto está no auge da forma física enquanto os outros vêm de uma desgastante temporada na Europa– o jogador reconheceu que atravessa uma grande fase, e ainda prometeu melhorar.

"Estou num momento muito bom e quero continuar melhorando. Foi só o primeiro jogo e espero continuar jogando igual ou melhor", afirmou nesta quinta-feira, dois depois da estreia do Brasil. Mas Robinho terá com quem criar as jogadas ofensivas da seleção?

Pelo que se viu na vitória de terça-feira por 2 x 1 sobre a Coreia do Norte, Kaká ainda está sentindo o peso de uma temporada marcada por lesões no Real Madrid. Logo na primeira jogada de ataque do Brasil, Robinho livrou-se de dois marcadores pedalando pela esquerda e passou para Kaká, mas o camisa 10 foi desarmado.

Parceiro de ataque de Robinho, Luís Fabiano foi mais um jogador de atuação apagada. Preso na marcação norte-coreana, ele não apareceu para o jogo e teve apenas um chute a gol em toda a partida, para fora.

Robinho é um dos artilheiros da seleção desde que Dunga assumiu como treinador e manteve uma sequência de bons jogos pela equipe, mesmo quando estava em baixa no Manchester City. Com a volta para o Santos no começo do ano, ele reencontrou o melhor futebol da carreira, e agora chega à Copa do Mundo pela primeira vez como protagonista.

Aos 26 anos, o jogador é o único remanescente entre os quatro atacantes do Brasil que disputaram a Copa passada, quando era reserva do chamado quadrado mágico. De reserva que não marcou nenhum gol no Mundial da Alemanha, ele agora passou a ser o principal representante do futebol arte que se espera da seleção.

"Sei da minha responsabilidade, e nos próximos jogos tem que ser igual ou melhor. Não quero ser melhor do que ninguém, quero ajudar a seleção a ganhar, dentro da minha característica. Se eu puder jogar da forma que joguei no último jogo, com dribles e quem sabe fazendo gols, melhor."

Jogando mais recuado, o atacante fez um passe excelente para o gol de Elano, seu ex-companheiro no Santos e no Manchester City, com quem Robinho tem ótimo entrosamento. No final da partida contra a Coreia do Norte, quando o técnico Dunga trocou Kaká por Nilmar, o Brasil tinha três atacantes e Robinho atuou um pouco mais atrás.

A formação dificilmente será adotada para o time titular, mas é provável que Dunga volte a utilizá-la no decorrer de partidas do Mundial. Robinho afirmou estar pronto para atuar em qualquer posição.

"O Dunga treinou e já estou adaptado, porque o Santos joga com três atacantes. Então não tem dificuldade. Mesmo quando a gente joga com dois atacantes eu já sou o que volta mais um pouco para buscar as tabelas com o Kaká."

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