A agressão ocorreu quando a freira realizava trabalho pastoral nas proximidades da Igreja da Visitação, em uma cidade da Malásia
Da Redação, com Agência Fides
Irmã Juliana Lim, 69 anos, da Congregação do Menino Jesus, morreu no dia 21 de maio, após uma violenta agressão sofrida em 14 de maio, em Seremban, cidade localizada perto de Kuala Lumpur, na Malásia. Na ocasião, a religiosa estava acompanhada de outra religiosa de sua congregação, Irmã Mary Rose Teng, de 79 anos, que também foi agredida e está internada em estado grave.
A agressão ocorreu quando as freiras estavam na área da Igreja da Visitação, realizando um trabalho pastoral. Um homem, com a cabeça coberta por um capuz, espancou as religiosas e roubou o dinheiro que tinham. Irmã Juliana, foi levada ao hospital, e permaneceu em coma por sete dias. Irmã Mary Rose ficou gravemente ferida e ainda está no hospital.
Segundo a Agência Fides, as exéquias serão realizadas, no dia 23 de maio, na Igreja da Visitação, em Seremban, pelo Arcebispo emérito de Kuala Lumpur, Dom Murpphy Pakiam.
“A Igreja na Malásia está chocada e preocupada com essa agressão totalmente sem explicação e sem motivos”, disse à Agência Fides o Irmão Augustine Julian da comunidade dos Irmãos das Escolas Cristãs de Kuala Lumpur.
De acordo com na polícia, a violência pode ter sido apenas para o roubo, mas também existe a hipótese de agressão por ódio religioso. “A polícia está investigando o caso, por enquanto, não parece haver uma ligação direta com a questão em que se confrontam muçulmanos e cristãos sobre o uso do termo Alá”, explicou o Irmão Augustine.
O primeiro-ministro do país, Najib Razak, manifestou publicamente suas condolências à família da religiosa e à comunidade católica. Segundo alguns parlamentares, membros da oposição, a agressão não deve ser subestimada e é o resultado do crescente extremismo religioso e sentimentos anti-cristãos fomentados por grupos muçulmanos radicais, ligados aos membros da “Umno”, partido do primeiro-ministro.