Voo da Air France

Relatório sobre voo Rio-Paris mostra alertas ignorados

Investigadores franceses disseram nesta sexta-feira que a tripulação do voo Rio de Janeiro-Paris da Air France, que caiu há dois anos, ignorou alertas sobre a velocidade e procedimentos padrão.

O BEA, agência francesa que investiga acidentes aéreos, emitiu 10 novas recomendações de segurança, incluindo mais treinamento sobre como pilotar aeronaves manualmente em grandes altitudes.

O relatório mostrou que os pilotos não discutiram os repetidos alarmes sobre perda de velocidade antes de o Airbus que pilotavam cair 38 mil pés e mergulhar no oceano a 200 quilômetros por hora, matando todas as 228 pessoas a bordo.

Também foi revelado que os passageiros não receberam nenhum alerta enquanto os pilotos tentavam evitar o acidente.

O relatório atualizado sobre os minutos finais do voo 447, baseado nas recém-descobertas caixas pretas, confirmou a informação obtida em maio de que a tripulação respondeu aos alertas de velocidade fazendo algo que tem confundido especialistas em aviação desde então — apontando o nariz do avião para cima e não para baixo.

Uma perda aerodinâmica –que não deve ser confundida com motores parados– é uma condição perigosa que ocorre quando as asas não conseguem suportar a aeronave. A forma padrão de responder a isso é apontar o nariz do avião para baixo para capturar ar a um ângulo melhor.

Mas isso é um evento raro num avião comercial, especialmente a uma altitude elevada, por isso investigadores do acidente têm deixado claro que havia pouco ou nenhum treinamento específico.

O relatório pode gerar um conflito entre a Airbus e a Air France sobre se a atitude dos pilotos ou a perda temporária dos leitores de velocidade, devido aos sensores congelados, é o principal motivo que levou ao acidente.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo