Direitos humanos

Rede católica pede tratado contra violações de multinacionais

Segundo a CIDSE, é preciso criar mecanismos que responsabilizem as multinacionais em casos de violação dos direitos humanos

Rádio Vaticano

A rede Internacional de Agências Católicas de Desenvolvimento (CIDSE) afirmou, nesta quarta-feira, 18, que é preciso criar mecanismos que “responsabilizem as empresas multinacionais” em casos de “violação de direitos humanos”.

Em comunicado enviado à Agência Ecclesia, o secretário-geral desta organização, Bernd Nilles, sublinha que “nos últimos anos, têm-se sucedido os exemplos de atividades econômicas que resultaram em violações contra o direito ao trabalho, terra, subsistência, saúde e ambiente sustentável”.

O responsável faz um apelo aos países e governos representados no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para que “cheguem a um acordo para o desenvolvimento de um tratado que proteja efetivamente as populações e os ativistas de direitos humanos, que têm visto a sua situação deteriorar-se cada vez mais”.

Para reforçar esta necessidade, a CIDSE assinou uma petição junto com mais de 500 organizações da sociedade civil, que será levada a Genebra, onde se realiza, até 26 de junho, a 26ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Além de marcar presença neste encontro, o organismo católico está preparando “um evento adicional para chamar a atenção para as violações de direitos humanos ligadas à extração de minérios na América Latina, Ásia e África”.

Esta iniciativa se insere na Semana Global de Mobilização, de 23 a 27 de junho.

No âmbito desses projetos, a CIDSE acompanhará “uma comitiva de bispos europeus em visita à Guatemala”, para ir ao encontro das “comunidades indígenas que lutam por justiça, dignidade e pela sua terra”.

Os prelados terão a oportunidade de estar em La Puya, que há mais de dois anos é palco da resistência pacífica das populações contra a atividade de mineração das empresas estrangeiras no país.

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