Na manhã deste domingo, 20, o Papa Bento XVI fez uma visita pastoral à Paróquia de São Corbiniano, em Roma, onde celebrou a Missa do segundo Domingo da Quaresma e de dedicação da nova igreja local.
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Em sua homilia, o Santo Padre iniciou falando sobre dois pontos importantes a serem destacados neste dia: a Transfiguração de Jesus no Monte Tabor e a Igreja, como edifício e, sobretudo, como comunidade.
Ao comentar sobre as revelações de Deus feitas a Moisés e Elias, Bento XVI explica que, diferentemente destes dois, Jesus, em sua Transfiguração, não recebe uma revelação de Deus, mas sim é Nele mesmo que Deus se revela e revela a sua face aos apóstolos.
"Quem quer conhecer a Deus, deve contemplar a face de Jesus, a sua face transfigurada: Jesus é a perfeita revelação da santidade e da misericórdia do Pai", acrescenta Bento XVI, ao indicar que o caminho para acolher a face de Cristo e sua misericórdia é através da escuta da Sua Palavra, da participação na Eucaristia e no exercício da caridade.
Antes do segundo ponto do discurso, a Igreja, o Pontífice expressou sua alegria em celebrar na Paróquia de São Corbiniano, pois o santo foi fundador da Diocese de Frisinga, na Baviera, da qual Bento XVI foi bispo por quatro anos.
O Papa contou ainda, em sua homilia, como o seu ministério episcopal está ligado a São Corbiniano:
"No meu brasão episcopal, eu quis inserir um elemento que está estreitamente associado à história deste santo: O urso. Um urso, assim se narra, havia despedaçado o cavalo de Corbiniano, que o estava conduzindo a Roma. Ele o reprovou asperamente, conseguiu amansá-lo e colocou toda a sua bagagem que, até aquele momento estava sobre o cavalo. O urso transportou aquela bagagem até Roma e somente aqui o santo o deixou livre para ir embora".
Em seguida, Santo Padre dirigiu uma calorosa mensagem aos jovens, casais, anciâos e todos os membros da comunidade local, exortando-os a darem seu testemunho de cristãos coerentes e fiéis, a se reunirem para a oração e os Sacramentos, para a formação cristã e para estabelecerem relações de amizade de fraternidade.
Especialmente aos jovens, o Papa quis deixar uma palavra de "afeto e amizade", conforme disse, e os confirmou na missão de zelar pelo hoje e pelo amanhã da comunidade eclesial e civil. "A Igreja espera muito do vosso entusiasmo, da vossa capacidade de olhar à frente e do vosso desejo de radicalidade nas escolhas da vida", enfatizou.