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Egito

Protestos no Egito entram no terceiro dia

Os ativistas que tentam depor o presidente do Egito, Hosni Mubarak, fazem na quinta-feira, 27, o seu terceiro dia de protestos, sendo perseguidos por policiais e convocando novos protestos.

O influente político Mohamed El Baradei, que vive em Viena e defende reformas no país, deve regressar ao Egito na quinta-feira. Sua chegada pode estimular os manifestantes, que não têm um líder evidente, embora muitos ativistas o critiquem por suas prolongadas ausências nos últimos meses.

Pelo menos três manifestantes e um policial morreram em confrontos desde o início dos distúrbios, na terça-feira. Os protestos, inspirados pela revolta popular na Tunísia, alcançam uma dimensão inédita nos 30 anos de regime de Mubarak. A polícia tem usado balas de borracha e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que atiram pedras e bombas incendiárias contra as forças de segurança.

A exemplo dos tunisianos, os egípcios se queixam da carestia, do desemprego, da corrupção e do autoritarismo. Os ativistas prometem protestos ainda maiores na sexta-feira, que é parte do fim de semana egípcio. Uma página do Facebook anunciando a data do protesto ganhou mais de 55 mil adesões em menos de 24 horas.

"Muçulmanos e cristãos do Egito sairão para lutar contra a corrupção, o desemprego, a opressão e a ausência de liberdades", escreveu um ativista no Facebook, site que, junto com o Twitter, tem sido crucial para convocar os protestos.

No centro do Cairo, manifestantes queimaram pneus e apedrejaram policiais. Em Suez, a leste da capital, um prédio público foi incendiado.

Os protestos da quarta-feira se estenderam até a madrugada, quando a polícia continuava perseguindo pequenos grupos reunidos no Cairo e em Suez.

O ministro do Interior, Habib al Adli, odiado pelos manifestantes, minimizou os incidentes. "O sistema do Egito não é marginal ou frágil. Somos um Estado grande, com uma administração com apoio popular. Milhões vão decidir o futuro desta nação, não as manifestações, mesmo que com milhares (de participantes)", disse ele ao jornal kuaitiano Al Rai. "Nosso país e estável e não se abala com tais ações."

El Baradei, ganhador do Nobel da Paz por seu trabalho à frente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), lançou no ano passado, após deixar esse cargo, uma campanha por reformas no Egito. Mas muitos ativistas se queixam de que ele deveria passar mais tempo nas ruas, e menos no exterior.

"Estou voltando ao Egito para apoiar as ruas, porque realmente não há escolha. A gente vai lá com esse número enorme de pessoas, e espera que as coisas não fiquem feias, mas por enquanto o regime não parece ter entendido o recado", disse ele ao site norte-americano The Daily Beast.

 

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