Classificada pela ONU como a pior crise humanitária do mundo, integrantes do conflito dão primeiros sinais de paz
Da redação, com Reuteres
As partes que estão em conflito desde 2015 no Iêmen se encontram nesta quinta-feira, 6, na Suécia, para as primeiras negociações de paz em dois anos. A guerra no país já tirou a vida de milhares de pessoas e é classificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a crise humanitária mais séria do mundo.
Há dois anos, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita interveio para restaurar um governo derrubado pelo movimento Houthi, que é alinhado com o Irã. Conseguir unir os dois lados na Suécia já foi uma realização por si. A última tentativa de negociações em Genebra, em setembro, foi abandonada quando os houthis não compareceram.
Uma fonte das Nações Unidas disse que ainda não pensam em manter conversas diretas, mas diplomatas pretendem discutir etapas para construção de confiança e a formação de um órgão de transição.
Liberdade para milhares
Martin Griffith, mediador escalado pelas Nações Unidas, já informou que os dois lados em conflito no país já concordaram em dar a liberdade para milhares de prisoneiros. Esta troca de prisoneiros uniria milhares de famílias. Segundo estimativas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pelo menos cinco mil pessoas seriam libertas.
A guerra, amplamente vista como um conflito entre a Arábia Saudita e o Irã, ameaça o abastecimento de quase 30 milhões de pessoas.
O sofrimento humanitário em um dos países mais pobres do mundo aumentou a pressão sobre as partes para o fim do conflito, com a confiança no esforço dos sauditas que sinalizam para os aliados ocidentais que apoiaram a coalizão.