Trata-se de uma correção sem derramamento de sangue, diz comando do Exército
Da Redação, com Rádio Vaticano
O exército nega golpe, mas o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, foi tirado do poder pelo Exército e colocado em prisão domiciliar. Outro integrantes de seu governo também foram presos. O posto foi ocupado por ele durante 37 anos. Trata-se de uma “correção sem derramamento de sangue do curso da história do Zimbábue”, dizem os militares.
As forças armadas argumentam que querem “atingir apenas os criminosos” reunidos ao redor daquele que neste momento é o mais idoso chefe de Estado do mundo. A esposa de Mugabe, Grace Mugabe, potencial herdeira do presidente, fugiu para a Namíbia.
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“Os militares, paradoxalmente, muitas vezes representam, na África, o extremo momento de uma mudança. Não me parece que haja uma inspiração por Mugabe. A população está exasperada: não há trabalho, três quartos da população vivem com menos de dois dólares por dia. As perspectivas para os cidadãos, para os jovens, são inexistentes”, explicou o jornalista Riccardo Barlaam, especialista em África, ao periódico italiano Sole 24 ore.
Toda esta movimentação no país preocupa a Organização das Nações Unidas (ONU), que lançou um apelo pedindo calma, não-violência e moderação.