Atentado em Moscou

Presidente russo ordena investigação de ataques

O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, ordenou nesta terça-feira, 25, a identificação dos autores pelo atentado da véspera no principal aeroporto do país, e ameaçou demitir responsáveis por falhas de segurança.

Pelo menos 35 pessoas morreram na provável explosão suicida no aeroporto moscovita de Domodedovo. Medvedev reagiu ao caso com a mesma dureza que reservara para atentados anteriores na turbulenta região do Norte do Cáucaso, onde atuam militantes islâmicos.

"Tudo precisa ser feito para encontrar, expor e trazer à Justiça os bandidos que cometeram esse crime – e os ninhos desses bandidos, não importa quão profundamente eles os tenham escavado, devem ser liquidados", disse Medvedev a chefes do Serviço Federal de Segurança.

"Não devemos fazer cerimônia com os que resistirem … Eles precisam ser destruídos no próprio local."

Medvedev fez críticas às autoridades policiais e aeroportuárias por causa do atentado, que matou oito estrangeiros e afetou a imagem da Rússia numa semana em que o presidente irá ao Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), para promover o seu país como destino para investidores.

"Está claro que há uma falha sistêmica na proteção de segurança às pessoas" no aeroporto, disse Medvedev.

Ele ordenou ao Ministério do Interior que aponte funcionários de segurança dos transportes a serem demitidos, e sugeriu que autoridades negligentes poderão ser processadas. Cobrou também um sistema de "checagem total" de pessoas e bagagens em aeroportos.

Ninguém assumiu de imediato a autoria do ataque, mas ele tem as características dos militantes islâmicos que atuam no extremo sul da Rússia. "É obviamente um ato terrorista que foi planejado com bastante antecedência a fim de causar as mortes do máximo de pessoas possível", afirmou Medvedev.

Como em muitos aeroportos do mundo, há poucos controles sobre quem entra na área de desembarque de Domodedovo, onde ocorreu a explosão, perto da esteira de bagagens.

Medvedev disse que a direção do aeroporto deve responder pelo ataque, e lembrou que a segurança já havia sido reforçada depois da explosão de dois aviões que decolaram do mesmo local, em 2004, deixando 90 mortos.

Rebeldes do Cáucaso já ameaçaram cometer ataques contra cidades e alvos econômicos até a eleição parlamentar de 2011 e presidencial de 2012, em que o influente primeiro-ministro Vladimir Putin deve tentar voltar ao Kremlin, ou então apoiará seu protegido Medvedev.

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