O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, disse neste sábado que deixará o poder nos próximos dias, depois de nove meses de protestos em massa no país contra o seu governo de 33 anos.
"Eu recuso e continuarei a recusar poder e deixarei o poder nos próximos dias", disse, em pronunciamento na televisão.
Mas a oposição tem argumentado que o discurso é uma manobra para reduzir a pressão que virá com o relato ao Conselho de Segurança das Nações Unidas do enviado da ONU ao Iêmen, Jamal Benomar.
Os protestos contra Saleh paralisaram o Iêmen, enfraquecendo o controle do governo sobre algumas regiões do país e ventilando temores de que o braço regional da Al Qaeda possa usar a sublevação para expandir sua presença perto de rotas de navios petroleiros no Mar Vermelho.
Diplomatas disseram que estão perto de chegar a um consenso para uma resolução do Conselho de Segurança que pressione o país a finalizar uma transferência de poder.
"Isso é uma nova propaganda de Saleh antes de o Iêmen ser discutido no Conselho de Segurança", disse Mohammed al-Sabri, porta-voz da coalizão da oposição.
