O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, rejeitou nesta terça-feira, 10, a proposta do novo líder da guerrilha Farc para que seja retomada uma negociação de paz abandonada há uma década.
"Não queremos mais retórica, o país exige atos claros de paz", escreveu Santos pelo Twitter, deixando claro que mantém as pré-condições de deposição de armas, libertação de reféns e suspensão dos ataques por parte dos rebeldes.
A guerrilha está no seu momento mais fraco em vários anos, depois da morte de diversos líderes e da deserção de milhares de combatentes.
Na noite de segunda-feira, o site da guerrilha (www.farc-ep.co) divulgou uma carta em que seu recém-nomeado comandante, Timoleon Jiménez, o "Timochenko", diz que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia "estariam interessadas em uma hipotética mesa de negociação".
"Timochenko" não explicou o termo "hipotética", nem deu sinais de que as Farc acatariam as condições do governo.
A Colômbia teve vários processos de paz desde a década de 1980, com resultados variados. Alguns pequenos grupos se desmobilizaram, mas as Farc, maior guerrilha do país, persistem, financiando-se em parte pelo tráfico de drogas.
A última negociação com a guerrilha aconteceu entre 1999 e 2002, numa zona desmilitarizada na região de El Caguán.
"Esqueçam um novo Caguán", disse Santos, que era ministro das Finanças naquela época.