"As famílias devem ser defendidas a todo custo, inclusive a dos imigrantes", afirma o Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. Naturalmente, isso vale também para quem é obrigado, em defesa de sua dignidade, a deixar o próprio país sem documentos, abandonando parentes, amigos e pertences.
"Manter a unidade da família ou obter a sua reunificação é um objetivo fundamental, diz a conclusão da Assembléia Plenária do Pontifício Conselho, que se terminou no último dia 15, no Vaticano. Também é fundamental garantir uma existência plena nos países de origem, e a assistência pastoral aos casais 'mistos' ", acrescenta a nota.
"São principalmente os migrantes sem documentos, ou irregulares, a deixar o próprio país sem o resto da família", observa o Pontifício Conselho, "com a intenção de enviar remessas de dinheiro às suas casas. Visto que representam um recurso para as sociedades para as quais trabalham, têm o direito que suas famílias possam também ser integradas, qualquer que seja seu status legal". "Todavia, estes países estão limitando sempre mais esta possibilidade e isto certamente terá conseqüências, a longo prazo".
Neste sentido, a nota lança um apelo aos governos para que revejam atentamente suas políticas migratórias, e à opinião publica, para que se conscientize do fato que a imigração não é um processo unilateral.
"Por sua vez, a Igreja confirma seu compromisso em favorecer o diálogo intercultural e a assistência às famílias imigrantes e mistas, assim como em contribuir para combater o tráfico de seres humanos".