Conhecida como "cidade do aço" por causa da sua história industrial, Pittsburgh fará jus ao apelido por outra razão durante a cúpula do G20 na quinta e sexta-feira, quando um rígido esquema de segurança estará em vigor.
Milhares de policiais foram mobilizados para essa cidade do oeste da Pensilvânia, e uma alta cerca está sendo erguida nas ruas em torno do centro de convenções onde 19 líderes de países desenvolvidos e emergentes irão se reunir para discutir questões como o reequilíbrio da economia global e o combate à mudança climática.
Para a população local, a maior preocupação é com os protestos violentos e com a perturbação do tráfego e das atividades comerciais.
"É uma coisa positiva para Pittsburgh ser mostrada, mas os negócios do centro estão com medo. Eles realmente não sabem o que esperar", disse o fabricante de violinos Phillip Injeian, 54 anos, cuja oficina fica à sombra da cerca de segurança.
Ele planeja colocar alunos de música clássica para tocar diante do seu estabelecimento na quinta e sexta-feira. "Sinto que isso irá aplacar a besta", disse ele, comendo na pizzaria Mama Pina's, do outro lado da rua.
Nick Buffone, de 56 anos, dono do Mama Pina's, disse que não sabe se poderá ir ao centro para abrir o restaurante durante a cúpula, e se queixa de que "ninguém está explicando nada." "Não acho que isso esteja nos beneficiando em nada. As pessoas aqui não sabem o que esperar."
Neste ano, houve protestos violentos contra a cúpula do G20 em Londres, quando milhares de pessoas saíram às ruas. Desta vez, há manifestações previstas para os dois dias da reunião.
Barreiras de concreto já estão montadas em torno do vizinho edifício do PNC Financial Services Group, apontado como possível alvo pelos manifestantes anticapitalistas, junto com outras empresas como Starbucks e McDonald's.
Além dos manifestantes habituais, mais de 25 líderes religiosos convergiram para Pittsburgh a fim de "lembrar aos líderes mundiais que o mais importante indicador da recuperação econômica deveria ser o que acontece com as pessoas pobres e famintas."
A polícia de Pittsburgh diz que 65 agências estão envolvidas na segurança da cúpula, mas não detalhou quantos policiais e soldados estarão nas ruas.
Parte dos 313 mil habitantes da cidade parece mais preocupada com o jogo do fim de semana do time local de futebol americano, o consagrado Pittsburgh Steelers, contra o Cincinnati Bengals.
No vizinho bairro do Strip District, Jim Pierce, 66, gerente de uma loja de produtos alusivos ao Steeler, disse que não espera um aumento das vendas por causa da cúpula, mas ainda assim sonha que algum líder mundial poderá se tornar um torcedor do time.
"Gostaríamos de ver alguém parar aqui", disse ele, rindo. "Não vi nada que nos faça crer que haverá problemas (com manifestantes). Houve 300 mil pessoas aqui para o desfile do Super Bowl em fevereiro, e falava-se menos em problemas."
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