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Depois de cinco anos de Intifada, Belém viveu seu primeiro Natal com uma grande afluência de peregrinos procedentes dos diferentes continentes. Cerca de trinta mil pessoas, dez mil a mais que no ano passado, chegaram para recordar o nascimento de Jesus.
Pela primeira vez em seis anos, os restaurantes e hotéis de Belém se encheram, uma notícia que suscitou esperança entre os quarenta mil habitantes da localidade –menos da metade cristã–, que em sua maioria vivem do turismo.
Estes números, no entanto, são ainda baixos, comparados aos dos anos 90, quando se superavam os cem mil peregrinos. Na missa do Galo, na Noite Feliz, que contou com a participação do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, o patriarca latino de Jerusalém, Sua Beatitude Michel Sabbah, fez eco da mensagem de paz que o Natal lança.
“Paz para todos, apesar de todas as diferenças, nacionais ou religiosas”, exclamou na homilia da celebração eucarística que foi transmitida pela televisão palestina.
Natal, afirmou, “diz-nos que cada homem é precioso aos olhos de Deus, seu Criador, e que o sangue derramado sempre com tanta facilidade nestes dias nesta terra, o sangue da pessoa humana, nos dois lados, clama vingança, e esse clamor sobe até os ouvidos do Altíssimo”.