A Austrália terá pela primeira vez uma primeira-ministra mulher. Julia Gillard, nomeada na quinta-feira, prometeu encerrar a polêmica que envolve um novo imposto de mineração, retomar um esquema de créditos de carbono e convocar eleições nos próximos meses.
Seu antecessor, Kevin Rudd, protagonizou uma renúncia dramática, quando estava prestes a ser derrubado numa votação interna do seu Partido Trabalhista, menos de três anos depois da sua arrasadora vitória eleitoral de 2007.
A drástica perda de popularidade de Rudd no último ano fez o partido temer uma derrota eleitoral na eleição que deve acontecer em torno de outubro.
"Pedi aos meus colegas que fizessem a mudança de liderança porque acreditava que um bom governo estava perdendo seu rumo", disse Gillard em entrevista coletiva.
A casa de apostas Centrebet indica que um governo trabalhista sob o comando de Gillard será favorito para derrotar nas urnas a oposição conservadora. A nova primeira-ministra, de 48 anos, tem experiência como articuladora política do governo no Parlamento.
A primeira medida dela foi prometer o fim do polêmico imposto sobre os "superlucros" das mineradoras, que ameaçava afetar investimentos de 20 bilhões de dólares e preocupava o eleitorado. Gillard disse que vai renegociar o assunto.
"É uma oferta genuína – a porta deste governo está aberta (…). Estou pedindo ao setor minerador que abra sua cabeça", afirmou ela.
Mas ela disse que não abrirá mão de uma nova lei para a taxação de recursos, e salientou que as mineradoras terão de pagar mais. Mais tarde, no Parlamento, ela declarou que as próprias empresas do setor admitiram que teriam como arcar com mais impostos.
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