Encontro no Vaticano

Pároco em Gaza se encontra com o Papa Francisco

Francisco conversou com padre Jorge Hernández sobre a situação em Gaza; sacerdote agradeceu atenção do Papa

Da Redação, com Rádio Vaticano

Francisco tem rezado pela paz e manifestado sua proximidade aos que sofrem com conflitos na Faixa de Gaza / Foto: Arquivo-L'Osservatore Romano

Francisco tem rezado pela paz e manifestado sua proximidade aos que sofrem com conflitos na Faixa de Gaza / Foto: Arquivo-L’Osservatore Romano

O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira, 29, na Casa Santa Marta o padre Jorge Hernández, missionário argentino do Instituto do Verbo Encarnado e que atua como pároco em Gaza, na Palestina. O diálogo abordou os acontecimentos das últimas semanas.

Padre Jorge recebe como uma graça a proximidade sempre manifestada pelo Papa Francisco. Ele conta sobre um e-mail que o Pontífice enviou, uma mensagem traduzida para o árabe e transmitida a toda a comunidade cristã. “Um pensamento assim em momentos como esse é um consolo enorme, um alívio”.

Do encontro com Francisco, o sacerdote destaca uma mensagem deixada pelo Santo Padre: “força, coragem, adiante”. É um convite a testemunhar o Evangelho mesmo em situações difíceis como a que se vive em Gaza. Lá os cristãos são minoria: cerca de 1300 em 2 milhões de habitantes. Na paróquia de padre Jorge, são 136 fiéis.

Ciente das dificuldades na Faixa de Gaza e em todo o Oriente Médio, Francisco tem se empenhado na busca pela paz. A viagem à Terra Santa e o encontro de oração pela paz realizado no Vaticano com os presidentes de Israel e Palestina são exemplos desse empenho. Mas para padre Jorge, os frutos ainda estão por vir.

“Os frutos da peregrinação do Papa Francisco à Terra Santa não veremos já, mas mais adiante: o fato de ter conquistado o coração das pessoas, de ter colocado uma palavra boa para ambos os Estados foi para nós uma graça enorme”.

Após intensos conflitos, israelenses e palestinos concordaram com uma trégua por período indeterminado. Padre Jorge diz que a expectativa é de que a trégua seja para sempre, ressaltando que, em uma guerra, ninguém vence.

“Cada uma das partes terá que pagar as consequências, seja de um modo, seja de outro. Porém, fundamentalmente, de uma guerra ninguém ganha: todos perdem. Esperamos que Deus nos abençõe com a força necessária para recomeçar”.

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