A esperança no Senhor e em sua Mãe, a Virgem Maria, é o testamento que o cardeal Angelo Felici deixou, constatou Bento XVI nesta terça-feira, ao presidir seu funeral na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A homilia da celebração eucarística, ofereceu ao Papa a possibilidade de recordar esse purpurado italiano falecido no domingo 17 de junho, aos 87 anos.
Cardeal Felici era prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos e presidente emérito da Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei".
O Papa revelou que entre os papéis que o cardeal conservava, havia uma estampa da Virgem Mãe do Salvador, venerada na Capela do Pontifício Colégio Leoniano, no qual o jovem estudou.
Detrás da imagem se pode ler esta invocação: "Em ti esperei, Senhor, e em tua Santíssima Mãe; não seja confundido para sempre". "Quantas vezes ele teria repetido as palavras dessa oração, escrita de seu punho e letra em previsão de sua morte!", reconheceu o Papa.
"Podemos considerá-la como o testamento espiritual que ele nos deixa: palavras que, melhor que qualquer outra consideração, hoje nos ajudam a refletir e a rezar".
O Colégio cardinalício se compõe agora de 183 purpurados, dos quais 105 são eleitores e 78 não eleitores (completaram 80 anos).