Na Audiência Geral, o Papa voltou seus pensamentos ao país martirizado do Leste Europeu, dizendo ter ouvido um relato dramático do esmoleiro pontifício
Da Redação, com Vatican News
Após a Audiência Geral desta quarta-feira, 28, o Papa Francisco recordou mais uma vez as lacerações e feridas profundas do povo ucraniano. “Um pensamento à Ucrânia martirizada, que está sofrendo muito, aquele povo pobre tão cruelmente provado”.
Francisco afirmou que, nesta manhã, conversou com o prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade, Cardeal Konrad Krajewski, que voltou da Ucrânia e lhe contou coisas terríveis. “Pensemos na Ucrânia e rezemos por esse povo martirizado”, pediu o Santo Padre.
Um cardeal em uma missão na frente de guerra
O Cardeal Krajewski, enviado várias vezes pelo Pontífice à Ucrânia, por ocasião da última missão no teatro de guerra, foi envolvido, no dia 17 deste mês, num tiroteio felizmente sem consequências.
O esmoleiro pontifício continuou a levar ajuda, alimentos, terços e a bênção de Francisco para que ninguém se sinta sozinho. Nos dias passados, também foi a Izyum, onde rezou diante dos muitos corpos enterrados em valas comuns.
“Eu rezava o Terço da Misericórdia continuamente. Ficamos ali pelo menos três horas. Eu não podia fazer outra coisa”, disse ele.
A farsa dos referendos nos territórios ocupados
O povo ucraniano continua vendo os dramas da guerra. Concluíram-se os três dias do referendo desejado pela Rússia, e rejeitado como uma farsa pela maioria da Comunidade internacional, para prosseguir com a anexação dos territórios ocupados.
O alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, disse que os resultados das consultas nos territórios ocupados pela Rússia foram “falsificados” e que eram “ilegais”. “Esta é uma nova violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia num contexto de violações sistemáticas dos direitos humanos”, escreveu Borrell no Twitter.