Ucrânia martirizada

Papa recorda as feridas do povo ucraniano e pede orações

Na Audiência Geral, o Papa voltou seus pensamentos ao país martirizado do Leste Europeu, dizendo ter ouvido um relato dramático do esmoleiro pontifício

Da Redação, com Vatican News

Destruição em vagões de trem em ataque militar russo na estação ferroviária de carga em Kharkiv, Ucrânia, em 28 de setembro de 2022 / Foto: REUTERS/Vyacheslav Madiyevskyy

Após a Audiência Geral desta quarta-feira, 28, o Papa Francisco recordou mais uma vez as lacerações e feridas profundas do povo ucraniano. “Um pensamento à Ucrânia martirizada, que está sofrendo muito, aquele povo pobre tão cruelmente provado”.

Francisco afirmou que, nesta manhã, conversou com o prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade, Cardeal Konrad Krajewski, que voltou da Ucrânia e lhe contou coisas terríveis. “Pensemos na Ucrânia e rezemos por esse povo martirizado”, pediu o Santo Padre.

Um cardeal em uma missão na frente de guerra

O Cardeal Krajewski, enviado várias vezes pelo Pontífice à Ucrânia, por ocasião da última missão no teatro de guerra, foi envolvido, no dia 17 deste mês, num tiroteio felizmente sem consequências.

O esmoleiro pontifício continuou a levar ajuda, alimentos, terços e a bênção de Francisco para que ninguém se sinta sozinho. Nos dias passados, também foi a Izyum, onde rezou diante dos muitos corpos enterrados em valas comuns.

“Eu rezava o Terço da Misericórdia continuamente. Ficamos ali pelo menos três horas. Eu não podia fazer outra coisa”, disse ele.

A farsa dos referendos nos territórios ocupados

O povo ucraniano continua vendo os dramas da guerra. Concluíram-se os três dias do referendo desejado pela Rússia, e rejeitado como uma farsa pela maioria da Comunidade internacional, para prosseguir com a anexação dos territórios ocupados.

O alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, disse que os resultados das consultas nos territórios ocupados pela Rússia foram “falsificados” e que eram “ilegais”. “Esta é uma nova violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia num contexto de violações sistemáticas dos direitos humanos”, escreveu Borrell no Twitter.

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