No Jubileu dos Agentes das Peregrinações e Operadores de Santuários, no Ano da Misericórdia, Papa foca na necessidade de acolhimento
Jéssica Marçal
Da Redação
No Ano da Misericórdia, celebra-se desde terça-feira, 19, até hoje, 21, o Jubileu dos Agentes das Peregrinações e Operadores de Santuários. Como parte das celebrações, os participantes do evento em Roma tiveram uma audiência com o Papa Francisco, que fez um discurso focado na necessidade de uma boa acolhida nos santuários.
Encontraram-se com o Santo Padre agentes de peregrinação, párocos, reitores e operadores de santuários. Francisco destacou que, nos santuários, as pessoas vivem sua profunda espiritualidade, aquela piedade que por séculos moldou a fé com devoções simples, mas significativas.
“Quem entra no santuário logo sente que se encontra em casa, acolhido, compreendido e apoiado (…) O santuário é realmente um espaço privilegiado para encontrar o Senhor e tocar com a mão a sua misericórdia”, disse o Santo Padre.
A palavra-chave do discurso de Francisco foi “acolhimento”. “Uma acolhida afetuosa, festiva, cordial e paciente. É preciso também paciência! Os Evangelhos nos apresentam Jesus sempre acolhedor para com aqueles que se aproximam dele, especialmente os doentes, os pecadores, os marginalizados”.
O Santo Padre observou que muitas pessoas chegam ao santuário com fome, com sede, e a condição física muitas vezes reflete a condição interior da pessoa. Por isso, é importante que ela seja bem acolhida no plano material e espiritual e se sinta em sua própria casa, acolhida com olhos de misericórdia.
“Quem quer que seja, jovem ou idoso, rico ou pobre, doente e atribulado, ou mesmo um turista curioso, possa encontrar o devido acolhimento, porque em cada um há um coração que procura Deus, às vezes sem se dar conta disso”, disse o Papa, pedindo essa acolhida em especial por parte daqueles que oferecem o ministério do perdão de Deus.