O Papa Bento XVI iniciou, a manhã desta quinta-feira, 11, suas atividades, na Residência Pontifícia de Castel Gandolfo, recebendo Lars Petter Forberg, Embaixador da Noruega, junto à Santa Sé, em visita de despedida.
A seguir, o Santo Padre recebeu o Administrador Diocesano de São Lourenço, no Paraguai, em visita “ad Limina apostolorum” e, em audiência coletiva, todos os 16 Bispos do Paraguai, na conclusão de sua visita qüinqüenal à Sé de Pedro.
No discurso aos Bispos paraguaios, o Papa afirmou que deve haver um evento, mesmo se qüinqüenal, para manter os laços de comunhão com o Sucessor de Pedro e, diante do túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo, renovar a fé em Jesus Cristo, verdadeira esperança de todos os homens.
A seguir, o Papa recordou os desafios pastorais enfrentados pela Igreja no Paraguai, expostos no relatório entregue pelos bispos, sobre suas atividades diocesanas. Entre tais desafios, grandes e complexos, destacou a tendência, no ambiente cultural, de se excluir Deus da sociedade e da vida das pessoas.
Por isso, o Pontífice sugeriu a urgência de fortalecer o impulso missionário, colocando Cristo no centro de toda a ação pastoral, para que se possa descobrir a beleza e a verdade da mensagem de salvação. Aqui a necessidade de os fiéis darem autêntico testemunho de vida cristã e de santidade.
Os Bispos, juntamente com o Papa e sob a sua autoridade, devem atualizar perenemente a obra de Jesus Cristo. Assim, Bento XVI recordou que os Pastores de suas respectivas dioceses são o princípio visível e fundamento da unidade da Igreja particular, como também vínculo de comunhão eclesial.
Promover a unidade
O Pontífice incentivou os bispos paraguaios a continuarem trabalhando, com todas as suas forças, para fomentar a unidade em suas comunidades e com a Sé Apostólica. Tal unidade é fonte da verdadeira fecundidade pastoral e espiritual.
O Bispo de Roma exortou os bispos do Paraguai a manterem a mesma unidade eclesial com os presbíteros, com o clero, com os religiosos e religiosas e com os leigos, que são seus estreitos colaboradores na obra pastoral. A mensagem cristã, para chegar a todos os cantos do mundo, precisa da colaboração indispensável dos fiéis leigos.
Neste sentido, um aspecto significativo da missão própria dos leigos seculares é o serviço à sociedade, mediante a política. Eles, disse o Papa, devem ser encorajados a viver com responsabilidade e dedicação esta importante dimensão da caridade social.
Por fim, o Santo Padre desejou que a caridade de Cristo, possa progredir na justiça e na defesa dos verdadeiros e autênticos valores, como a defesa da vida humana, do matrimônio e da família, contribuindo, assim, para o bem humano e espiritual de toda a sociedade, sobretudo dos excluídos, idosos, enfermos e encarcerados.