Bento XVI

Papa: "Papel da família é central e insubstituível na sociedade"

No final da manhã de hoje Bento XVI encontrou-se na Sala Clementina, com cerca de 200 participantes do Fórum das Associações Familiares. No discurso que o Papa fez em várias línguas, italiano, francês, alemão e inglês, aos presentes, agradeceu pela visita e pela oportunidade de conhecer a atividade desempenhada pelas associações que participam do Fórum e da Federação Européia das Associações Familiares Católicas. O Santo Padre destacou que a família tem papel central e insubstituível na sociedade

"Este encontro se realiza por ocasião da anual celebração do Dia Internacional da Família, que se comemorou ontem, 15 de maio. Para sublinhar a importância de tal celebração, foi realizado um encontro com o tema 'Aliança pela família na Europa: o associacionismo protagonista', para confrontar as experiências entre várias formas associativas familiares e com o objetivo de sensibilizar os governantes e a opinião pública sobre o papel da família na nossa sociedade", disse o Papa.

"De fato, – continuou o Papa – como justamente os senhores observaram, uma ação política, que deseja olhar para o futuro com visão profética, não pode deixar de colocar a família no centro da sua atenção e da sua programação".

Bento XVI recordou em seguida que neste ano se comemoram os 40 anos da Encíclica Humanae vitae e os 25 anos da promulgação da Carta dos Direitos da Família, apresentada pela Santa Sé no dia 22 de outubro de 1983.

"Dois documentos entre eles idealmente ligados, porque, se o primeiro reafirma com força, indo corajosamente contracorrente em relação à cultura dominante, a qualidade do amor do casal, não manipulado pelo egoísmo e aberto à vida, o segundo coloca em evidência os direitos inalienáveis que permitem à família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, de ser o berço natural da vida humana".

"Em particular – frisou o Papa – a Carta dos direitos da Família, endereçada principalmente aos governos, oferece a quem tem responsabilidade pelo bem comum, um modelo e um ponto de referência para a elaboração de uma adequada legislação política da família. Ao mesmo tempo, essa se dirige a todas as famílias inspirando-as a unirem-se na defesa e promoção dos seus direitos".

O Santo Padre recordou JPII, chamado o 'Papa da família', que repetia sempre que 'o futuro da humanidade passa pela família'. "Ele sempre sublinhava o valor insubstituível da instituição familiar, segundo o designo de Deus Criador e Pai", frisou Bento XVI.

O Papa não deixou de recordar os desafios que hoje enfrentam as famílias, o quanto é difícil realizar, nas modernas condições sociais, o ideal da fidelidade e da solidariedade do amor conjugal, ter e educar os filhos, conservar a harmonia do núcleo familiar.

"Se, graças a Deus, há exemplos luminosos de famílias sólidas e abertas à cultura da vida e do amor, infelizmente não faltam, e são até mesmo em aumento, as crises matrimoniais e familiares. Das muitas famílias, que se encontram em condições de preocupante precariedade, eleva-se, muitas vezes até mesmo de modo inconsciente, um grito, um pedido de ajuda que interpela os responsáveis das administrações públicas, das comunidades eclesiais e das diversas agências educativas. Portanto, é cada vez mais urgente o compromisso de unir as forças para apoiar, com todos os meios possíveis, as famílias do ponto de vista social e econômico, jurídico e espiritual".

"A família – continuou o Papa – célula de comunhão e fundamento da sociedade, para os que crêem é como uma 'pequena igreja doméstica', chamada a revelar ao mundo o amor de Deus.

Em seguida Bento XVI fez um pedido: "Caros irmãos e irmãs, ajudem as famílias a serem um sinal visível desta verdade, a difundir os valores escritos na mesma natureza humana e, portanto, comuns a toda a humanidade, ou seja, a vida, a família e a educação. Não são princípios derivados de uma confissão de fé, mas da aplicação da justiça que respeita os direitos de cada homem. Esta é a missão de vocês, queridas famílias cristãs! Jamais falte em vocês a confiança no Senhor e a comunhão com Ele na oração e na constante referência à sua Palavra".

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