Carta de Natal

Papa oferece consolo e esperança a cristãos do Oriente Médio

Às vésperas do Natal, Papa enviou uma carta para encorajar os cristãos que vivem no Oriente Médio e destacou a importância deles para a Igreja

Jéssica Marçal
Da Redação

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Papa Francisco expressa reconhecimento pelo testemunho dado por cristãos que vivem no Oriente Médio / Foto: Arquivo

Às vésperas da celebração do Natal, o Papa Francisco enviou uma mensagem para os cristãos que vivem no Oriente Médio. No texto apresentado pelo Vaticano, nesta terça-feira, 23, o Santo Padre exaltou a importância desses cristãos e reiterou o apelo à Comunidade Internacional para que se empenhe no estabelecimento da paz na região.

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.: Íntegra da carta do Papa

“Embora em número reduzido, sois protagonistas da vida da Igreja e dos países onde viveis. Toda a Igreja está solidária convosco e vos apoia com grande afeto e estima pelas vossas comunidades e a vossa missão”, diz o Papa que, com a carta, quis encorajar os cristãos da região.

Francisco diz que as pessoas não podem se resignar aos conflitos como se uma mudança não fosse possível. Por isso, ele convida todos a continuar a rezar pela paz no Oriente Médio.

Ao agradecer pelo testemunho dado pelos cristãos que vivem na região, o Papa manifestou o desejo de visitá-los. “Muito espero ter a graça de ir pessoalmente visitar-vos e confortar-vos”.

Situação de conflitos

Francisco admite que, para muitos desses cristãos, os cânticos do Natal serão entremeados de lágrimas e suspiros. Ele recorda a aflição que atinge o Oriente Médio com o agravamento de conflitos nos últimos meses, sobretudo por ação terrorista.

Tais conflitos atingem também outros grupos religiosos e étnicos. Na carta, Francisco também deixou uma mensagem para eles. “Desejo exprimir a todos unidade e solidariedade, minha e da Igreja, e oferecer uma palavra de consolação e de esperança”.

Esse consolo e esperança vêm de Cristo, enfatiza o Papa, desejando que a provação vivida fortaleça a fé e a fidelidade. “No meio das hostilidades e conflitos, a comunhão vivida entre vós em fraternidade e simplicidade é um sinal do Reino de Deus”.

Diálogo inter-religioso

Outro sinal do Reino de Deus, segundo Francisco, é o esforço de colaborar com pessoas de outras religiões, com os judeus e com os muçulmanos.

“O diálogo inter-religioso torna-se tanto mais necessário, quanto mais difícil é a situação. Não há outra estrada. O diálogo baseado numa atitude de abertura, na verdade e no amor é também o melhor antídoto contra a tentação do fundamentalismo religioso, que é uma ameaça para os crentes de todas as religiões”.

Aos consagrados, jovens e idosos

Não falta na carta o agradecimento do Papa aos patriarcas, bispos, padres e religiosos que acompanham com solicitude as comunidades cristãs, destacando o quanto é importante a presença e a ação dos que se consagraram a Deus.

Francisco se dirige ainda aos jovens, pedindo que eles não tenham medo nem vergonha de ser cristãos. Aos idosos, recorda que são a memória do povo e expressa seu desejo de que esta memória possa fazer crescer as novas gerações.

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