Na Missa do Galo, Papa deu destaque para a humildade de Jesus, o Menino nascido na pobreza que ensina a viver o que realmente é essencial na vida
Jéssica Marçal
Da Redação
Em uma sociedade marcada pelo consumo, o Menino Jesus chama a ter um comportamento simples, vivendo o essencial. Essas foram palavras do Papa Francisco na Missa do Galo, celebrada nesta quinta-feira, 24, véspera de Natal. A celebração foi às 21h30 (hora local, 18h30 em Brasília).
A homilia do Santo Padre teve como pano de fundo a humildade de Deus, que enviou seu Filho ao mundo com muita simplicidade. A cena do nascimento retrata isso: Jesus nasce na pobreza e é deitado em uma manjedoura para animais.
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.: Íntegra da homilia do Papa
Hoje, mais de dois mil anos depois deste nascimento e já em uma sociedade frequentemente “embriagada de consumo, prazer e luxo”, o convite de Jesus, disse o Papa, é ter uma vida sóbria, isto é, simples, equilibrada, linear, capaz de viver aquilo que é essencial.
“Este Menino ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida (…) Num mundo que demasiadas vezes é duro com o pecador e brando com o pecado, há necessidade de cultivar um forte sentido da justiça, de buscar e pôr em prática a vontade de Deus. No seio duma cultura da indiferença, que não raramente acaba por ser cruel, o nosso estilo de vida seja, pelo contrário, cheio de piedade, empatia, compaixão, misericórdia, extraídas diariamente do poço de oração”, disse.
Francisco destacou ainda que a alegria do nascimento de Jesus não deixa espaço para a indiferença, que domina no coração de quem é incapaz de amar porque tem medo de perder algo. Além disso, toda a tristeza vai embora, porque o Menino Jesus é o verdadeiro consolador do coração.
“A verdadeira luz vem iluminar a nossa existência, muitas vezes encerrada na sombra do pecado. Hoje descobrimos de novo quem somos! (…) Agora, deve cessar todo o medo e pavor, porque a luz nos indica a estrada para Belém. Não podemos permanecer inertes. Não nos é permitido ficar parados. Temos de ir ver o nosso Salvador, deitado numa manjedoura”.