O Papa Bento XVI abre nesta noite, com um discurso, o Congresso Eclesial Diocesano, na Basílica de São João de Latrão. O Congresso Diocesano começa às 19h30 e tráz como tema "Jesus Ressuscitou. Educar para a esperança na oração, na ação, no sofrimento".
Aproveitamos para repercorrer algumas passagens dos precedentes discursos do Bispo de Roma nos Congressos eclesiais de sua diocese:
"Testemunhar a beleza, a Verdade, a força autêntica e os valores da família contidos no Evangelho na escola, entre os mais necessitados e nos diversos âmbitos da sociedade". Esta foi a mensagem que Bento XVI destinou aos fiéis romanos em seus pronunciamentos nos Congressos diocesanos em São João de Latrão. Em tais ocasiões, o Santo Padre dirigiu à sua diocese palavras de encorajamento, mostrando atenção aos desafios que, todos os dias, sacerdotes e leigos devem afrontar em seu trabalho pastoral.
Em 7 de junho de 2005, com menos de dois meses da eleição à Cátedra de Pedro, Bento XVI participou do Congresso Diocesano com o tema "Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão". O Papa exortou as famílias católicas a se oporem com coragem à "cultura da morte":
"No homem e na mulher a paternidade e a maternidade, como o corpo e como o amor, não se deixam circunscrever no biológico: a vida é dada inteiramente somente quando, com o nascimento, são dados também o amor e o sentido que tornam possível dizer sim a essa vida".
"Justamente daí se torna totalmente claro como é contrário ao amor humano, à vocação do homem e da mulher, fechar sistematicamente a própria união ao dom da vida, e ainda mais suprimir ou manipular a vida que nasce", advertiu. E constatou como as "várias formas hodiernas de dissolução do matrimônio" são expressão de "uma liberdade anárquica que se faz passar equivocadamente por verdadeira libertação do homem".
Em 2006, o tema do Congresso, "A alegria da fé e a educação das novas gerações", parece quase antecipar a Carta do Papa à cidade de Roma sobre a emergência educacional. O Santo Padre fez seu discurso na Basílica de São João de Latrão em 6 de junho e ressaltou o "desejo pela verdade" que, frisou, "pertence à própria natureza do homem". "Na educação das novas gerações, a verdade deve ocupar um espaço central", afirmou.
"Caros jovens de Roma, prossigam, portanto, com confiança no caminho da busca do verdadeiro. E vocês, caros sacerdotes e educadores, não hesitem em promover uma verdadeira 'pastoral da inteligência' e, mais amplamente, da pessoa, que considere seriamente as interpelações dos jovens", disse o Papa.
E a educação cristã esteve também no centro do Congresso do ano passado, sobre o tema "Jesus é o Senhor. Educar para a fé, o seguimento, o testemunho". Em seu discurso de 12 de junho de 2007, o Papa chamou a atenção para uma cultura que "por demais" faz do relativismo o próprio credo.
Se falta a luz da verdade e se acaba "por duvidar da bondade da vida". Eis o motivo pelo qual é necessária uma educação cristã, um acompanhamento pessoal que "dá a quem cresce a certeza de ser amado, compreendido e acolhido", advertiu.
"Por outro lado, quando se trata de educar para a fé é central a figura da testemunha e o papel do testemunho",acrescentou o papa na ocasião.
"A testemunha de Cristo não transmite simplesmente informações, mas é envolvida pessoalmente com a verdade que propõe e mediante a coerência da própria vida se torna ponto de referência crível. Ela não remete, porém, a si mesmo, mas a alguém que é infinitamente maior que ela, a quem confiou a sua vida e de quem experimentou a confiante bondade".
