Papa Francisco recebeu jovens da Associação “Rondine Cittadella della Pace”, na manhã desta segunda-feira, 3
Da redação, com Radio Vaticano
Na manhã desta segunda-feira, 3, o Papa recebeu os membros da organização “Rondine Cittadella della Pace”. A organização tem como compromisso a redução dos conflitos armados no mundo e a difusão da própria metodologia para a transformação criativa do conflito em cada contexto. A Associação acolhe jovens provenientes de países em conflito armado ou pós-conflitos e ajuda-os a descobrir a pessoa no próprio inimigo, através da convivência do dia a dia.
Depois das saudações iniciais, o Papa recordou o nobre objetivo da Associação:
“Verificar pessoalmente se o outro, aquele ou aquela que está do outro lado da fronteira, das redes e dos muros intransponíveis, seja realmente o que todos afirmam: um inimigo.”
Francisco continuou recordando que nestes vinte anos foi aplicado um método capaz de “transformar os conflitos: tirar os jovens deste engano e devolvê-los aos seus povos para um pleno desenvolvimento espiritual, moral, cultural e civil.
O Papa falou sobre o próximo Apelo que a Associação fará na ONU por ocasião do 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 10 de dezembro:
“Ouvir uma jovem palestina e um jovem israelense que juntos pedem aos governos do mundo para que façam algo que possa reabrir o futuro, transferindo o custo de uma arma do balanço da defesa para o balanço da educação para formar um líder de paz, é uma coisa rara e luminosa!” – disse o Pontífice confirmando seu apoio, simpatia e bênção.
Dirigindo-se diretamente aos jovens que tiveram dois anos de formação da Associação o Papa disse “vocês reviraram seus sentimentos, seus pensamentos, fizeram nascer a confiança recíproca e agora estão prontos para assumir responsabilidades profissionais, civis e políticas para o bem de seus povos. Vocês já são jovens líderes que no Apelo pedem aos Estados e aos povos para que se comprometam juntos!”. Depois de confirmar seu total apoio e comprometer-se em falar com os chefes de Estado e de Governo o Papa complementou dizendo:
“Precisamos de líderes com uma nova mentalidade. Os líderes de paz não são os políticos que não sabem dialogar ou confronta-se: um líder que não se esforça em ir ao encontro do ‘inimigo’, de sentar à mesa para discutir como vocês fazem não pode levar o próprio povo para a paz. Para isso é preciso humildade, não arrogância: que São Francisco os ajude a seguir este caminho, com coragem”
Depois o Papa elogiou o uso da Encíclica Laudato si como texto fundamental para a escola da associação: “a ecologia integral oferece a perspectiva para que a humanidade seja concebida como uma única família e considere a Terra como a casa comum”.
Na saudação final o Papa recomendou aos jovens: “Jamais percam a maravilha e a humildade. Protejam, caros jovens, a confiança que amadureceu entre vocês transformando-a em um generoso serviço ao bem comum”.