Falando aos bispos do Togo, país africano, Francisco pediu que eles não cedam diante de ataques ideológicos e midiáticos que são incompatíveis com a fé cristã
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu, nesta segunda-feira, 11, os bispos do Togo, país africano, em visita ad Limina ao Vaticano. O Santo Padre encorajou a defesa dos valores da família e os esforços da Igreja togolesa no diálogo inter-religioso, principalmente com as lideranças muçulmanas.
Francisco agradeceu pela solicitude dos bispos em trazerem as impressões da igreja togolesa para o próximo Sínodo das Famílias, em outubro, no Vaticano. “É importante que os aspectos positivos da família africana sejam expressados e compreendidos”, ressaltou o Pontífice ao encorajar os bispos e todas as pessoas de boa vontade no Togo a não cederem diante dos ataques ideológicos e midiáticos “incompatíveis com a fé cristã”.
O principal desafio para a Igreja togolesa ainda é a a reconciliação nacional. Desde a independência da França, em 1958, o Togo foi palco de violências políticas e eleitorais que, sobretudo durante as eleições de 2005 deixaram diversas vítimas e milhares de deslocados.
Nesse período – recordou o Pontífice – a Igreja católica contribuiu não somente para a evangelização e a promoção humana, mas também para a justiça e a reconciliação. “Agradeço pelos esforços que a igreja no Togo tem feito neste trabalho de reaproximação, particularmente por meio da Comissão Nacional da Verdade, Justiça e Reconciliação”, finalizou o Papa.
O país
A República Togolesa tem 6,2 milhões de habitantes, dos quais, segundo a Conferência episcopal, 25% declaram-se católicos. Contudo, o país defronta-se com o crescimento das seitas, cujos adeptos saem não somente da própria igreja mas, principalmente, das religiões tradicionais do Togo, seguidas por 50% da população.