Vaticano

Papa encoraja Conselho da Europa a promover dignidade humana

"Eu vos encorajo a cumprir vossa sensível e importante missão com moderação, sabedoria e coragem ao serviço do bem comum da Europa". Foi o que disse o Papa Bento XVI nesta quarta-feira, 8, aos membros do escritório da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, presentes no Vaticano por ocasião do 60º aniversário da Convenção Europeia dos Direitos do Homem.
 
O Papa afirmou conhecer o trabalho desenvolvido pelo Conselho, na luta para "promover e defender a dignidade inviolável da pessoa humana". "Sei que a Assembleia Parlamentar tem em sua agenda temas importantes que tratam, sobretudo, de pessoas que vivem em situações particularmente difíceis ou estão sujeitas a graves violações da sua dignidade (…) Também fui informado de vossos esforços para defender a liberdade religiosa e se opor à violência e intolerância contra os crentes na Europa e no mundo todo", destacou.

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O Santo Padre disse ainda que, diante da atual sociedade, com os diferentes povos e culturas, é "imperativo desenvolver a validade universal destes direitos, bem como a sua inviolabilidade, inalienabilidade e indivisibilidade".

Em seguida, o Papa destacou os riscos associados ao relativismo na área dos valores, direitos e deveres. "Se faltarem a eles um fundamento objetivo racional, comum a todos os povos, e forem baseados exclusivamente em culturas particulares, decisões legislativas ou judiciais, como poderiam oferecer um terreno sólido e de longa duração para as instituições supranacionais, como o Conselho da Europa, e vossa própria tarefa no seio dessa instituição de prestígio? Como poderia acontecer um fecundo diálogo entre as culturas sem valores comuns, objetivos e estáveis, princípios universais entendidos da mesma forma por todos os Estados-Membros do Conselho da Europa? Esses valores, direitos e deveres estão enraizados na dignidade natural de cada pessoa, algo que é acessível ao raciocínio humano."

E complementou: "A fé cristã não impede, mas favorece essa busca, e é um convite a buscar uma base sobrenatural para essa dignidade".

"Estou convencido de que esses princípios, mantidos fielmente, sobretudo quando se trata da vida humana, da concepção à morte natural, do casamento – enraizado no exclusivo e indissolúvel dom de si mesmo entre um homem e uma mulher – e da liberdade de religião e educação, são condições necessárias para que possamos responder adequadamente aos desafios urgentes e decisivos que a história apresenta a cada um de vós", concluiu Bento XVI.

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