Papa diz que santos escondidos no dia a dia dão esperança

Santo Padre pede que fiéis não sejam cristãos de aparência, mas vivam a santidade na vida cotidiana, pois isso é motivo de esperança

Da Redação, com Rádio Vaticano

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Em homilia, Papa destaca exemplo de homens e mulheres que vivem a santidade no cotidiano / Foto: l’osservatore romano

Na Missa desta quinta-feira, 4, o Papa Francisco concentrou sua homilia nos “santos do dia a dia”. Ele recordou que há tantos santos escondidos, homens, mulheres, pais e mães de família, doentes, padres que colocam em prática todos os dias o amor de Jesus e isso dá esperança.

É verdadeiramente cristão quem coloca em prática a Palavra de Deus, não basta ter fé. Comentando o Evangelho que fala da casa construída sobre a rocha ou a areia, o Papa convidou a não ser “cristãos de aparência”, cristãos maquiados, porque com um pouco de chuva a maquiagem vai embora.

Francisco enfatizou que não basta pertencer a uma família muito católica, a uma associação ou ser um benfeitor se não se segue a vontade de Deus. Os cristãos de aparência construíram sua casa sobre a areia. Por outro lado, o Papa observou que há muitos santos no povo de Deus, não necessariamente canonizados, mas homens e mulheres que colocam em prática o amor de Jesus. Esses sim construíram a casa sobre a rocha que é Cristo.

“Pensemos nos menores, né? Nos doentes que oferecem os seus sofrimentos pela Igreja, pelos outros. Pensemos em tantos idosos sozinhos, que rezam e oferecem. Pensemos em tantas mães e pais que levam adiante com tanto cansaço sua família, a educação dos filhos, o trabalho cotidiano, os problemas, mas sempre com a esperança em Jesus. Não se vangloriam, mas fazem aquilo que podem”.

Francisco explicou que essas pessoas são os santos do cotidiano. Ele mencionou também o exemplo dos padres que não se fazem ver, mas trabalham em suas paróquias com amor. Eles não se aborrecem, não ficam entediados porque no seu fundamento está a rocha, que é Jesus.

É preciso pensar, disse o Papa, na santidade escondida que está presente na Igreja. Cristãos que pecam, mas se arrependem e pedem perdão. Já os soberbos, os vaidosos, os cristãos de aparência serão abatidos, humilhados, enquanto os humildes levam adiante a salvação colocando em prática a Palavra de Deus.

“Neste tempo de preparação ao Natal, peçamos ao Senhor para sermos fundados firmes na rocha que é Ele, a nossa esperança está Nele. Nós somos todos pecadores, somos frágeis, mas se colocamos a esperança Nele poderemos seguir adiante. E esta é a alegria de um cristão: saber que Nele há esperança, há o perdão, há a paz, há a alegria. E não colocar a nossa esperança em coisas que hoje são e amanhã não serão”.

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