Na homilia de hoje, Francisco se concentrou no dom da fé, dado pelo Espírito Santo e transmitido, sobretudo, pelas mulheres
Da Redação, com Rádio Vaticano
São principalmente as mulheres que transmitem a fé, disse o Papa Francisco na Missa celebrada nesta segunda-feira, 26, na Casa Santa Marta, dia em que as Igreja celebra a memória de São Timóteo e Tito.
Francisco se concentrou, em especial, na Segunda Carta de São Paulo a Timóteo. Paulo recorda que Timóteo recebeu sua fé do Espírito Santo por meio de sua mãe e de sua avó. São essas que transmitem a fé, disse o Papa, explicando a diferença entre transmitir a fé e ensinar as coisas da fé.
“A fé é um dom. A fé não se pode estudar. Estudam-se as coisas da fé, sim, para entendê-la melhor, mas com o estudo você nunca chega à fé. A fé é um dom do Espírito Santo, é um presente, que vai além de toda preparação”.
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Trata-se de um dom que passa através do belo trabalho das mães e das avós, de uma empregada, de uma tia, ou seja, das mulheres em uma família, disse o Papa. Ele explicou que são principalmente as mulheres que transmitem a fé porque aquela que trouxe Jesus foi uma mulher. Esse foi o caminho escolhido por Jesus, Ele quis ter uma mãe. Mas é preciso pensar se as mulheres têm consciência desse dever de transmitir a fé, observou o Papa.
Proteger a fé
Francisco destacou ainda a necessidade de proteger o dom da fé para que continue a ser forte com o poder do Espírito Santo. E o modo de proteger a fé é reavivar este dom de Deus. “Se não temos este cuidado, a cada dia, de reavivar este dom de Deus que é a fé, ela se enfraquece, acaba por ser uma cultura: ‘sim, sim, sou cristão’, uma cultura, somente”.
Ao contrário desta fé viva, São Paulo alerta sobre dois comportamentos: o espírito de timidez e vergonha. A timidez vai contra o dom da fé e não a deixa crescer. A vergonha é aquele pecado de querer cobrir a fé.
O Santo Padre concluiu explicando que o espírito de prudência é saber que não se pode fazer o que se quer; significa os caminhos para levar adiante a fé, com prudência.
“Peçamos ao Senhor a graça de ter uma fé sincera, uma fé que não se negocia segundo as oportunidades que aparecem. Uma fé que, a cada dia, procuro reavivar ou ao menos peço ao Espírito Santo que a reavive e assim dê um grande fruto”.