"O encontro com Deus torna mais livres, felizes e generosos", afirmou o Papa Bento XVI na mensagem para a 97ª Katholikentag (jornada católica) alemã, aberta ontem na cidade de Osnabrück, no norte do país. Cinqüenta mil pessoas estão participando do grande encontro eclesial que se concluirá no próximo domingo, dia 25. No encontro, intitulado "Tu nos conduzes ao largo", o Papa convida os fiéis leigos a não deixarem que os outros plasmem o futuro, mas se insiram com capacidade de persuasão nos debates do presente.
"Que seguindo o Evangelho, com coragem e generosidade, os leigos católicos participem ativamente da vida política e social de seu país", afirmou.
O Papa dirigiu um pensamento especial aos muitos jovens presentes na Katholikentag, recordou o Dia Mundial da Juventude na Colônia em 2005 e falou que espera encontrar em Sidney muitos dos jovens presentes em Osnabrück.
Bento XVI ressaltou que, hoje em dia, muitas pessoas têm medo de que a fé possa limitar a própria vida. "Têm receio de perder a própria liberdade, emaranhado nos mandamentos e nos ensinamentos da Igreja". E acrescentou: "A estes é preciso testemunhar que somente quando a nossa vida conseguir subir ao coração de Deus, então poderá encontrar aquele lugar para o qual fomos criados".
"Uma vida sem Deus não se torna mais livre e mais ampla, vez que o homem é destinado ao infinito. Na realidade, quem deixa Deus de lado limita a sua vida. O coração que se abriu a Deus torna-se por sua vez, pela amplidão de Deus, grande e generoso. Este homem não precisa buscar a sua felicidade nem dá importância à opinião dos outros. É então livre e generoso, aberto ao chamado de Deus", destaca Bento XVI.
Na mensagem, o Santo Padre observa, em seguida: "Jamais devemos perder a confiança, nem devemos ter medo porque Deus vem ao nosso encontro".
"Todos nós sabemos como o nosso mundo precisa do encontro com o Senhor, como os homens do nosso tempo têm sede da água da vida que somente Deus pode dar", escreve o Papa. Por fim, ele faz votos de que nos encontros da Katholikentag, "com convidados de outras religiões, os nossos corações possam alargar-se e crescer o amor por Deus".
