Papa recebeu em audiência novos embaixadores e afirmou que, mesmo diante de conflitos, cresce uma reação não violenta a guerras e terrorismo
Da Redação, com Rádio Vaticano
Diante da multiplicação de conflitos e do terrorismo, está crescendo no mundo uma reação não violenta apoiada e alimentada para construir a paz. É o que afirmou o Papa Francisco ao receber em audiência na manhã desta quinta-feira, 17, novos embaixadores de Guiné, Letônia, Índia e Barein, para a apresentação de suas credenciais.
“É esta reação que nós queremos e devemos alimentar com os meios à nossa disposição e segundo as nossas responsabilidades”, disse Francisco, citando o Jubileu da Misericórdia, convocado justamente para difundir em todo o mundo o espírito do perdão e da reconciliação.
Em seu discurso, o Pontífice recordou a publicação, há dois dias, de sua mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz, em que exorta a vencer a globalização da indiferença. O Papa também lembrou que são muitas as formas com as quais esta atitude de indiferença se manifesta, mas tem em sua raiz um “humanismo desequilibrado”, em que o homem ocupou o lugar de Deus, ficando – por sua vez – vítima de várias formas de idolatria.
Estando em si interligadas a indiferença em relação a Deus, ao próximo e ao meio ambiente, a resposta a este desafio deve ser única, isto é, promovendo um renovado humanismo, que coloque novamente o ser humano na sua justa relação com o Criador, com os outros e com a criação. Para isso, o Papa destaca o papel dos meios de comunicação e da escola.
Ao concluir suas reflexões, o Papa desejou um bom trabalho aos novos embaixadores, garantindo que a Santa Sé se empenha em instaurar com os países que eles representam um diálogo aberto e respeitoso. “Eu os encorajo a colaborar sempre de maneira leal ao bem comum de toda a sociedade. E melhor poderão fazê-lo quanto mais será reconhecida efetivamente a liberdade religiosa.”