O Papa Bento XVI recebeu em audiência os participantes da Sessão Plenária da Comissão Teológica Internacional, presidida pelo Cardeal William Joseph Levada, na manhã desta sexta-feira, 3, na Sala do Consistório.
O Pontífice aproveitou a ocasião para refletir sobre a vocação do teólogo:
"O teólogo não começa nunca do zero, mas considera como mestres os Padres e os teólogos de toda a tradição cristã. Enraizada na Sagrada Escritura, lida com os Padres e Doutores, a teologia pode ser escola de santidade", disse.
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O Santo Padre afirmou que todo aquele que descobre em Cristo o amor de Deus deseja conhecer melhor Aquele por quem é amado e que ama. Nesse sentido, quem ama a Deus é levado a se tornar um teólogo; contudo, o exercício do trabalho profissional da teologia é uma vocação de grande responsabilidade diante de Cristo e da Igreja.
De acordo com o Bispo de Roma, a reflexão sobre a visão cristã de Deus pode ser uma contribuição preciosa tanto para a vida dos fiéis quanto para o diálogo com os crentes de outras religiões, bem como com os não crentes. Além disso, conhecer a Deus também é um modo seguro para garantir a paz.
É por isso que a teologia deve ser sempre alimentada pelo diálogo com o Logos divino, Criador e Redentor, isto é, o próprio Sujeito divino, segundo Bento XVI.
"Nenhuma teologia o é de fato se não está integrada na vida e reflexão da Igreja através do tempo e do espaço. […] Deve ser fiel à natureza da fé da Igreja: centrada em Deus, enraizada na oração, em uma comunhão com os outros discípulos do Senhor, garantidade pela comunhão com o Sucessor de Pedro e todo o Colégio episcopal", complementou.
O Sucessor de Pedro também ressaltou que o compromisso social dos cristãos "deriva necessariamente da manifestação do amor divino. […] De fato, não há justiça sem verdade, e a justiça não se desenvolve plenamente se o seu horizonte é limitado ao mundo material. Para nós, cristãos, a solidariedade social tem sempre uma perspectiva de eternidade".
Por fim, salientou que não é possível exercer a teologia a partir da solidão:
"Os teólogos têm necessidade do ministério dos Pastores da Igreja, da mesma forma como o Magistério precisa dos teólogos que cumprem até o fim o seu serviço, com toda a ascese que isso implica", concluiu.
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