Entidade está preocupada com o impacto que a pandemia tem causado em todo o mundo, especialmente entre os mais vulneráveis
Da redação, com Reuters
Melissa Ruth Flemming, secretária-geral da ONU, anuncia plano de ajuda contra o Coronavírus no valor de 2 bilhões de dólares / Foto: Reprodução Reuters
A Organização das Nações Unidas (ONU), em um coletiva de imprensa virtual, anunciou que lançará um plano de ação humanitária contra a pandemia causada pelo Coronavírus no valor de 2 bilhões de dólares — dinheiro que será destinado, sobretudo, aos países mais vulneráveis.
“O COVID-19 chegou a, praticamente, todos os países na Terra, com 375.498 casos confirmados e 16 mil mortos em 195 países. As Nações Unidas estão preocupadas, especialmente, com o impacto desta doença nos países mais pobres, que contam com sistemas de saúde frágeis e populações vulneráveis, particularmente em acampamentos ou ambientes semelhantes a acampamentos e com crianças desnutridas e com doenças crônicas”, disse a secretária-geral de comunicações da ONU, Melissa Ruth Flemming.
Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, explicou que esse fundo será uma resposta direta aos países pobres e que passam por uma situação econômica ainda mais delicada. “Estamos lançando um plano de resposta humanitária global de US $ 2 bilhões para financiar a luta contra o COVID-19 nos países mais pobres do mundo. Coordenado pelo Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, esse plano interinstitucional reúne apelos existentes da OMS e de outros parceiros da ONU, e identifica novas necessidades. Com o financiamento adequado, ele salvará muitas vidas e fornecerá às agências humanitárias e ONGs suprimentos de laboratório para testes e equipamentos médicos para tratar os doentes e proteger os profissionais de saúde”, afirmou Guterres.
O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, acrescentou que o momento pede por mais solidariedade mundial. “Agora é a hora da solidariedade diante dessa ameaça a toda a humanidade. Como se sabe, a pandemia se acelerou nas últimas duas semanas. E embora o COVID-19 seja uma ameaça para as pessoas de todos os lugares, o mais importante é o perigo que o vírus representa para as pessoas já afetadas pela crise”, explicou Adhanom. “Pessoas e comunidades que já estão desenraizadas devido a conflitos, deslocamentos, crise climática ou outros surtos de doenças são as que devemos priorizar urgentemente. Apesar de sua resiliência, eles precisam da nossa ajuda agora”, reiterou.
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