PANDEMIA NA ÁFRICA

Casos de Covid-19 na África do Sul ultrapassam a marca de 300 mil

Embora o país tenha começado o distanciamento social mais cedo do que muitos países, o número de infectados em apenas um dia chegou a 12.757

Da redação, com Reuters

A África do Sul impôs o isolamento social cedo, em março, mas está entre os dez países com mais infectados no mundo / Foto: Reprodução Reuters

Os casos de Covid-19 na África do Sul ultrapassaram 300 mil nesta quarta-feira, 15. O país está entre os dez com mais casos da doença em todo o mundo.

O país mais industrializado da África registrou um aumento de 12.757 casos somente na quarta-feira e atingiu a marca de 311.049 casos confirmados de Covid-19, informou o Ministério da Saúde, pouco mais de quatro meses desde que o primeiro caso foi confirmado no país. Foram testadas 2.278.127 pessoas. Destas, 160.693 se recuperaram e foram registradas 4.453 mortes.

No fim de março, o presidente Cyril Ramaphosa decidiu tomar uma decisão firme e mais agressiva, e mandou fechar lojas, ordenou que as pessoas ficassem em casa e mandou o exército às ruas para força-las a não sair — isto quando a África tinha apenas 400 casos confirmados e nenhuma morte. Mais tarde, o governo acabou cedendo e afrouxou as medidas com medo de que a economia estagnasse. Mas ocupando a quarta posição no mundo todo em casos de coronavírus num país com 58 milhões de pessoas, o presidente restabeleceu a proibição do álcool e o toque de recolher noturno.

Cerca de metade dos sul-africanos vive na pobreza e cerca de um terço estão desempregados — perto de três milhões perderam o emprego desde o início do bloqueio, de acordo com um estudo realizado pelo Coronavirus Rapid Mobile Survey (CRAM) da África do Sul, divulgado nesta terça-feira, 14.

Com 4.346 mortes, apenas 1,5% dos casos se mostraram fatais até agora, em parte por causa da população jovem. Isso aumentará à medida que a escassez de oxigênio e as camas hospitalares diminuírem. Ramaphosa disse que os cientistas previram até 50 mil mortes.

Os hospitais públicos já estão lutando contra o número limitado de leitos. Além disso, os médicos se queixam da falta de equipe e equipamentos de proteção.

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