Segunda Onda

Países da Europa impõem medidas mais rígidas para enfrentar covid-19

UE avalia doar 5% de suas vacinas contra covid-19 para países pobres

Da redação, com Reuters

Países da Europa adotam medidas mais rígidas contra covid-19./ Foto: Reprodução Reuters

Os países da Europa estão impondo medidas mais rígidas para conter a segunda onda de coronavírus.

A Alemanha vai fechar a maioria dos comércios na próxima quarta-feira, 16, e mantê-los fechados até, pelo menos, 10 de janeiro, interrompendo a movimentada temporada de compras de Natal, enquanto o país aumenta as restrições contra o coronavírus e tenta conter a propagação da doença, disse a chanceler Angela Merkel neste domingo.

Apenas comércios essenciais, como supermercados e farmácias, bem como bancos, devem permanecer abertos a partir de 16 de dezembro. As reuniões privadas permanecerão limitadas a não mais do que cinco pessoas oriundas de duas casas diferentes. Para as festas de Natal, a regra será ligeiramente flexibilizada para que as famílias possam comemorar juntas.

Maior economia da Europa, a Alemanha teve mais sucesso do que muitos países do continente na tarefa de manter a pandemia sob controle na primeira onda em março e abril. Mas tem encontrado dificuldade para virar a maré na segunda onda.

Holanda

A Holanda também deve anunciar hoje um período mais intenso de bloqueio do que o da primeira onda. O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, teve reuniões de emergência sobre o rápido aumento de infecções e convidou chefes de todos os partidos políticos no parlamento para participar das negociações.

As novas infecções por coronavírus no país aumentaram quase 10.000 nas 24 horas até a manhã de domingo, o maior aumento em mais de seis semanas.

Inglaterra

Londres será colocada no nível mais difícil de restrições na pandemia, após um forte aumento nas taxas de coronavírus.

No início deste mês, o governo implementou um sistema de restrições em camadas para tentar manter uma segunda onda de vírus sob controle após um bloqueio de um mês. Mais de 40% dos cidadãos foram colocados na categoria de maior risco. A capital britânica tem uma revisão programada para ocorrer em 16 de dezembro.

Na semana passada, o governo levantou preocupações sobre a disseminação do vírus nas escolas de Londres e anunciou um programa de testes em massa. No domingo, uma região da capital decidiu unilateralmente fechar totalmente suas escolas.

Suíça

As infecções por coronavírus na Suíça aumentaram em 10.726 no final de semana, segundo dados das autoridades de saúde. O número de mortos aumentou em 193 para 5.589, enquanto 445 novas hospitalizações pressionaram o sistema de saúde, conforme os diretores do hospital escreveram ao ministro da Saúde, Alain Berset, expressando suas preocupações.

Doação de vacinas

Com as medidas de restrição e o início da vacinação em alguns países, a Europa espera conter a propagação da doença e o aumento do número de casos de covid-19.

A União Europeia estuda doar 5% das vacinas contra covid-19 que tiver garantido para nações mais pobres, mostrou um documento interno do bloco, em uma medida que pode impactar o mecanismo de distribuição de imunizantes coliderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O plano, esboçado pelo governo da França, estabelece pela primeira vez uma meta clara para doações de vacina da UE que, até então, era considerada somente uma opção para o caso de o bloco acabar com sobras de doses.

Pelo plano francês, que ainda precisa do consentimento dos 27 países da UE, até 65 milhões de doses de vacinas contra covid-19 podem eventualmente ser doadas.

O documento estima que as doses doadas podem ser usadas na vacinação, geralmente com duas doses, de 16 milhões de profissionais de saúde em 62 países pobres. Trabalhadores médicos e de enfermagem em outros 54 países de baixa renda também podem se beneficiar da doação.

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